sexta-feira, 12 de junho de 2015

REVIEW: Hilary Duff - Breathe In. Breathe Out.




Quando lançou “Chasing The Sun”, Hilary Duff jogou uma tsunami em cima dos sonhos de quem esperava algo parecido com a obra-prima do pop “Dignity”. Tanto foi a decepção da maioria dos fãs que ela resolveu cancelá-lo como lead-single do seu novo álbum e lanço outra, “All About You”, que inexplicavelmente também decepcionou. Visto isso, ela lançou outra música, e desta vez o colou. “Sparks” era viciante e dançante, ainda longe da sensualidade do “Dignity”, mas ainda assim incrível. As duas faixas renegadas estão presentes em uma edição especial, mas no geral estão esquecidas. Renovada e toda pop, ela lançou “Breathe In. Breathe Out.”. Veja nossa opinião sobre o novo – surpreendente – disco da cantora.

Sparks – Hilary resolveu abrir o álbum com “Sparks”, terceiro primeiro single dessa nova era. Depois de errar a mão com “Chasing The Sun”, seu surpreendente (Não no bom sentido) single de estreia, ela se redimiu com duas ótimas canções, “All About You” e “Sparks”, das quais apenas a segunda teve a sorte de entrar pro álbum e ainda ser trabalhada como o lead-single. A música responsável por animar os fãs para o disco completo é pop ao extremo, com uma melodia fácil, um refrão chiclete e assobios viciantes. Nada mais a dizer além de HINO do verão. Nota: 8.0/10

My Kind – A segunda faixa do disco continua pop, mas traz um clima tropical caribenho delicioso. “My Kind” soa como uma cigana caribenha rebolando como Shakira em uma praia afrodisíaca, faça sentido ou não. A canção veranesca – acho que minha favorita do álbum –, que facilmente nos lembra o grupo Cover Drive, é de longe uma das surpresas mais gostosas do álbum e seu refrão é um dos mais pegajosos de toda a produção. As clínica de reabilitação já aceitam pessoas com forte dependência dessa música e eu já estou na fila. Nota: 10/10

One In A Million – Ainda estamos na terceira faixa e Hilary já experimentou várias vertentes do pop, o electro-pop de “Sparks”, o pop caribenho de “My Kind” e agora vem toda trabalhada na mistura de euro-pop e synth-pop em “One In A Million”. A faixa começa calminha até cair em um refrão grandioso, que as rádios vão amar se virar single. Nota: 7.0/10

Confetti – Essa é aquela faixa que todos estão dando o destaque, apostando como o próximo single e elegendo como a mais surpreendente, mas o fato é que “Confetti” não tem nada demais, inclusive, tem de menos. Possui a marca da rainha da farofa Kerli, mas nem o toque de farofa-dark-emo dela conseguiu elevar a música a um patamar mais alto. Muito genérica, é daquelas que dá pra perder a dignidade na boate, mas passa de longe de ser a maravilha que todos dizem, pois nem mesmo um refrão interessante tem. Nota: 4.0/10

Breathe In. Breathe Out. – Depois da decepção do álbum, vem um dos pontos altos dele, com tudo o que uma canção pop atualmente deve ter, a faixa-título. Com uma sonoridade muito parecida com a do “1989” de Taylor Swift, com sintetizadores e as ágeis batidas pop com leves influências urban, Hilary traz uma música fofa, cheia de alma e muito gostosa de se ouvir. Vamos brincar de verdade ou desafio? Eu desafio você a conseguir parar de cantar os “breathe in, breathe out” depois do refrão! Nota: 9.0/10

Lies – E por falar em pontos altos do disco, “Lies” é um deles. Esqueça o que falei sobre “My Kind” ser minha preferida, “Lies” é, definitivamente, minha faixa favorita. Violões, um piano, instrumentos de sopro depois do refrão, influências caribenhas, refrão pegajoso e “ah yeah yeah, ah yeah yeah” são apenas alguns dos atrativos desta canção. Assim como “My Kind”, esta também lembrou fortemente o estilo da banda Cover Drive, inclusive pelas repetições do refrão, como eles adoram fazer (“I’m done with you lies, li-li-li-li-lies”). Não é nada genérica, não é enjoativa, não é fraca e não é chata, é o que “Breathe In. Breathe Out.” tem de melhor e precisa ser single o quanto antes, porque tem tudo para ser um dos maiores hinos da carreira de Hilary, na verdade, já é. Nota: 10/10

Arms Around A Memory – Mais um hit em potencial, mais uma faixa incrível. “Arms Around A Memory” começa lenta e com uma voz quase sussurrante de Hilary. O clima suave vai crescendo aos poucos, com o refrão que não é tão memorável assim, e termina em um break libertador, com pianos e um clima alegre. Sabe aquela canção que dá vontade de sair dançando pela rua na chuva? Você está diante de uma delas. Nota: 8.5/10

Stay In Love – A oitava faixa do disco é mais uma que poderia ser single facilmente que faria sucesso. Seu arranjo pop com tambores e o refrão grandioso são suficientes para levá-las ao posto de hino. “You remember when I said I’d die for you, every single day pretend it’s true” é o que você estará cantando por semanas depois de ouvir “Stay In Love”. Nota: 8.5/10

Brave Heart – Pra k-popeiros, o início de “Brave Heart” rapidamente remete à “Red Lights” do grupo f(x), mas a faixa de Hilary passa longe do trap foderoso do single das coreanas, seguindo por um caminho totalmente diferente. A sucessora de “Stay In Love” na tracklist do álbum é uma delicada balada, onde a voz da cantora está belíssima. Cada verso é entoado com uma angelicalidade apaixonante. Não demora muito para o instrumental pop começar a crescer e tomar sua forma, tornando a canção grandiosa. Nota: 8.0/10

Tattoo – O violão dedilhado do início já denuncia o que está por vir: Mais uma balada suave e delicada. Hilary aqui mostra uma das melhores performances vocais de todas. Assim como “Brave Heart”, o instrumental começa a tomar forma ao longo da canção, mas sempre com o arrematador violão em evidência. “Tattoo” é uma daquelas músicas que também ficaria ótima em uma versão acústica. Apaixonante. Nota: 7.5/10

Picture This – “Picture This” tem a cara do verão, a guitarra e os assobios do início já denunciam isso. A partir daí, ouvimos uma mistura de sintetizadores, palmas, tambores e violão. Uma faixa pop aos moldes de Kylie Minogue, inclusive, os vocais de Hil lembram muito os da rainha do pop australiano em certos momentos. Nota: 6.5/10

Night Like This – A primeira parceria do disco aparece no final, na simpática “Night Like This”. O convidado é o ex-membro da banda Big Time Rush, Kendall Schmidt. As vozes dos dois combinaram perfeitamente e o clima gostoso da canção convence. Apesar de não ter potência para ser single, ficará bem interessante ao vivo. Um bom modo de fechar a edição normal do disco. Nota: 6.0/10

Belong – Agora estamos diante de um grande erro na carreira de Hilary. Não, “Belong” não é ruim, muito pelo contrário, é tão incrível que o erro foi tê-la deixado como uma faixa bônus. O clima folk-pop com um baixo, um violão e um break de instrumentos de sopro e violinos (Tem “hey” também!) é uma mistura peculiar que nos remete à Zella Day, e como esta tem o melhor do álbum até agora, isso não é nem de longe um problema. Sei que é sonhar demais, mas se Deus puder me ouvir, quero pedir para ele fazer com que a Srta. Duff escolha esse hino como single, obrigado, de nada. Nota: 9.5/10

Rebel Hearts – E por falar em semelhança com Zella Day, a faixa que fecha a versão deluxe (Com chave de ouro) é a cara da nossa caipira favorita. O lado folk-pop de Hilary volta a se manifestar com “Rebel Hearts”, que soa como uma versão alternativa, e menos maravilhosa, de “Belong”. O violão está de volta, assim como um sintetizador que imita uma sanfona francesa, mas soa como algo oriental (Isso soou confuso), além de um refrão chiclete e uma melodia viciante. Não tinha como fechar melhor um dos melhores discos pop do ano. Nota: 7.5/10

Resumo geral: “Breathe In. Breathe Out” era um dos álbuns mais esperados do ano e prometia ser um ótimo disco pop, mas, de fato, o blogueiro que vos fala não esperava algo tão bom. O novo álbum da cantora é um dos mais surpreendentes de 2015, superou todas as expectativas que eu tinha. Sem se render ao que está fazendo sucesso no momento, ela explora várias vertentes do pop e traz canções extremamente poderosas. Entre refrões chiclete e melodias viciantes, aqui temos um álbum onde cada uma das faixas é perfeita para ser single. Não seguiu tanto os passos do “Dignity”, mas no fim isso acabou sendo uma coisa maravilhosa. Queridos leitores, estamos diante de um dos grandes álbuns do ano.
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Um comentário:

  1. É sacanagem dar nota 4.0 pra "Confetti". Uma música perfeita como ela.

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