sexta-feira, 12 de junho de 2015

REVIEW: Zella Day - Kicker




Zella Day não é um nome muito conhecido na cena musical, mas isso está prestes a mudar. Com um EP já lançado, contendo quatro incríveis canções – que estão presentes no álbum também – e até uma música na trilha sonora do blockbuster “Insurgente”, ela lançou recentemente seu disco de estreia, “Kicker”. Venha conferir o que achamos sobre o registro e pode considerar isso aqui como um spotlight!

Jerome – O disco já abre com uma das canções mais sensacionais. Com a sonoridade lembrando uma Lana Del Rey mais animada, com um arranjo pop e guitarras no fundo, Zella vem nos contar sobre um homem (O tal Jerome, quem eu imagino como um cowboy, não sei o porquê) a quem ela foi prometida por seu pai, que a deixa sem ar sempre que está por perto. Single para ontem! Nota: 9.5/10

High – Zella está apaixonada novamente e vem nos contar sua paixão ardente com um instrumental mais levado pro rock do que pro pop e a voz angelical da cantora. Superando altíssimo nível de “Jerome”, “High” nos arrebata totalmente com sua melodia magnífica e seu refrão pra lá de perfeito e entra com força na briga de melhor canção do álbum. Nota: 10/10

Ace of Hearts – Se aproximando mais de uma power ballad, “Ace of Heart” traz um arranjo pesado e uma letra belíssima, com um pós-refrão de fechar os olhos e se descabelar pensando nela/nele. Apesar de ser potente, não tem a mesma força das duas anteriores. Nota: 7.0/10

1965 – A já conhecida “1965” traz um clima mais minimalista ao álbum, dando mais destaque à voz angelical da americana. Novamente falando sobre amor, ela traz uma canção doce e delicada, com mais um refrão memorável. Nota: 8.5/10

East of Eden – Ainda estamos na quinta faixa do disco, mas já percebemos uma coisa curiosa: Zella Day sabe como fazer refrãos maravilhosos. “East of Eden”, com sua letra selvagem, é a mais pop até agora, trazendo até um tímido dubstep no grandioso refrão. Que faixa deliciosa! Nota: 8.0/10

Hypnotic – Mais um refrão incrível e mais uma canção poderosíssima. Lançada como o segundo single do disco, “Hypnotic” é realmente hipnótica. Trazendo um instrumental que lembra a mistura pop de “Jerome”, Zella Day tem nas mãos um dos melhores singles do ano. Como se não bastasse a perfeição da faixa, ela ainda ganhou um clipe sensacional. Nota: 10/10

Mustang Kids – Deixando um pouco de lado a personalidade doce e frágil da Zella apaixonada de antes, a cantora vem perigosa e v1d4l0k4 em “Mustang Kids”. Sobre um instrumental nervoso com guitarras, ela avisa que os garotos mustang, que seria algum tipo de gangue, estão à solta. SEGURA ESSA DELINQUENTE! Nota: 7.5/10

The Outlaw Josey Wales – Chegamos a outro ponto alto do disco. Em “The Outlaw Josey Wales”, Zella Day cita o protagonista da obra homônima de Clint Eastwood, que era um justiceiro fora da lei. Aqui ela compara um homem ao tal personagem, citando sua coragem e outros atributos. Os arranjos não são similares aos outros do álbum, pois aqui, junto da batida pop gostosa, ela traz vários instrumentos diferentes para dar o toque final à canção, como violinos e até trompetes que lembram alguma coisa mexicana. Uma das minhas favoritas no álbum. Nota: 10/10

Jameson – Em “Jameson”, Zella volta ao minimalismo de “1965”, mas ainda vai além. Utilizando apenas um violão para acompanhar sua voz, que aqui está em sua melhor forma, ela canta para um homem chamado Jameson que aparentemente é seu ex-namorado e sequestrou seu atual amado. A canção se desenrola com a americana pedindo para seu ex (Que nos parece ser louco) libertá-lo e seguir em frente. Nota: 10/10

Shadow Preachers – Mais uma que pode ser considerada um power ballad. “Shadow Preachers” tem um instrumental com pianos e violinos, além de um refrão potente, principalmente por causa dos “uuuh” que ela entoa com emoção. Uma canção grandiosa, sem dúvidas, e está entre as melhores. Nota: 9.5/10

Sweet Ophelia – O single que promoveu o material aparece no final, com um instrumental mais animado que o das outras e uma letra igualmente maravilhosa. Aqui Zella dá conselhos a uma jovem garota, para que ela não desista quando houver uma dificuldade. É como se ela tivesse se vendo na garota, dando avisos para que a doce Ophelia não siga seus passos e cometa os mesmos erros. Nota: 8.5/10

Compass – Assim como a faixa anterior, “Compass” já é uma grande conhecida de quem a acompanha há um tempinho. Aqui temos a música mais minimalista do disco, ao lado de “Jameson”, onde apenas um piano acompanha a voz de Zella e também onde a cantora atinge notas mais altas. Um modo maravilhoso de fechar com chave de ouro um disco incrível. Nota: 8.0/10

Resumo geral: Zella Day não pretende ser uma popstar famosa, postando fotos de jatinhos ou de iates no seu instagram, mas apenas espalhar sua música pelo mundo. Além disso, ela tem sua própria identidade, estampada de um modo memorável em seu disco de estreia. “Kicker” é um trabalho totalmente pessoal, com todo o trabalho de Zella, e aqui tem mais um ponto que a diferencia das atuais popstars, ela assina as produções e composições de todas as músicas do álbum, mostrando a sinceridade impressa em suas letras. A americana cresceu e viveu em uma cidade muito pequena do Arizona, e é realmente perceptível este espírito de simplicidade nas músicas da cantora. Zella Day está na trilha da fama, tendo até mesmo canção em trilha sonora de filme famoso, mas ainda parece ser a garota simples do interior dos EUA, e isso não vai mudar nem tão cedo. “Kicker” é um disco único e delicioso, um começo perfeito para uma futura grande artista e de longe um dos melhores álbuns do ano.

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