Zella Day não é um nome muito conhecido na cena
musical, mas isso está prestes a mudar. Com um EP já lançado, contendo quatro
incríveis canções – que estão presentes no álbum também – e até uma música na
trilha sonora do blockbuster “Insurgente”, ela lançou recentemente seu disco de
estreia, “Kicker”. Venha conferir o que achamos sobre o registro e pode
considerar isso aqui como um spotlight!
Jerome
– O disco já abre com uma das canções mais sensacionais. Com a sonoridade
lembrando uma Lana Del Rey mais animada, com um arranjo pop e guitarras no
fundo, Zella vem nos contar sobre um homem (O tal Jerome, quem eu imagino como
um cowboy, não sei o porquê) a quem ela foi prometida por seu pai, que a deixa
sem ar sempre que está por perto. Single para ontem! Nota: 9.5/10
High –
Zella está apaixonada novamente e vem nos contar sua paixão ardente com um
instrumental mais levado pro rock do que pro pop e a voz angelical da cantora. Superando
altíssimo nível de “Jerome”, “High” nos arrebata totalmente com sua melodia
magnífica e seu refrão pra lá de perfeito e entra com força na briga de melhor
canção do álbum. Nota: 10/10
Ace of
Hearts – Se aproximando mais de uma power ballad, “Ace of Heart” traz um
arranjo pesado e uma letra belíssima, com um pós-refrão de fechar os olhos e se
descabelar pensando nela/nele. Apesar de ser potente, não tem a mesma força das
duas anteriores. Nota: 7.0/10
1965 –
A já conhecida “1965” traz um clima mais minimalista ao álbum, dando mais
destaque à voz angelical da americana. Novamente falando sobre amor, ela traz
uma canção doce e delicada, com mais um refrão memorável. Nota: 8.5/10
East of
Eden – Ainda estamos na quinta faixa do disco, mas já percebemos uma coisa
curiosa: Zella Day sabe como fazer refrãos maravilhosos. “East of Eden”, com
sua letra selvagem, é a mais pop até agora, trazendo até um tímido dubstep no
grandioso refrão. Que faixa deliciosa! Nota:
8.0/10
Hypnotic
– Mais um refrão incrível e mais uma canção poderosíssima. Lançada como o
segundo single do disco, “Hypnotic” é realmente hipnótica. Trazendo um
instrumental que lembra a mistura pop de “Jerome”, Zella Day tem nas mãos um
dos melhores singles do ano. Como se não bastasse a perfeição da faixa, ela
ainda ganhou um clipe sensacional. Nota:
10/10
Mustang
Kids – Deixando um pouco de lado a personalidade doce e frágil da Zella
apaixonada de antes, a cantora vem perigosa e v1d4l0k4 em “Mustang Kids”. Sobre
um instrumental nervoso com guitarras, ela avisa que os garotos mustang, que seria algum tipo de gangue, estão à solta.
SEGURA ESSA DELINQUENTE! Nota: 7.5/10
The Outlaw
Josey Wales – Chegamos a outro ponto alto do disco. Em “The Outlaw Josey
Wales”, Zella Day cita o protagonista da obra homônima de Clint Eastwood, que
era um justiceiro fora da lei. Aqui ela compara um homem ao tal personagem,
citando sua coragem e outros atributos. Os arranjos não são similares aos
outros do álbum, pois aqui, junto da batida pop gostosa, ela traz vários instrumentos
diferentes para dar o toque final à canção, como violinos e até trompetes que
lembram alguma coisa mexicana. Uma das minhas favoritas no álbum. Nota: 10/10
Jameson
– Em “Jameson”, Zella volta ao minimalismo de “1965”, mas ainda vai além. Utilizando
apenas um violão para acompanhar sua voz, que aqui está em sua melhor forma,
ela canta para um homem chamado Jameson que aparentemente é seu ex-namorado e
sequestrou seu atual amado. A canção se desenrola com a americana pedindo para
seu ex (Que nos parece ser louco) libertá-lo e seguir em frente. Nota: 10/10
Shadow
Preachers – Mais uma que pode ser considerada um power ballad. “Shadow
Preachers” tem um instrumental com pianos e violinos, além de um refrão
potente, principalmente por causa dos “uuuh” que ela entoa com emoção. Uma
canção grandiosa, sem dúvidas, e está entre as melhores. Nota: 9.5/10
Sweet
Ophelia – O single que promoveu o material aparece no final, com um
instrumental mais animado que o das outras e uma letra igualmente maravilhosa. Aqui
Zella dá conselhos a uma jovem garota, para que ela não desista quando houver
uma dificuldade. É como se ela tivesse se vendo na garota, dando avisos para
que a doce Ophelia não siga seus passos e cometa os mesmos erros. Nota: 8.5/10
Compass –
Assim como a faixa anterior, “Compass” já é uma grande conhecida de quem a
acompanha há um tempinho. Aqui temos a música mais minimalista do disco, ao
lado de “Jameson”, onde apenas um piano acompanha a voz de Zella e também onde
a cantora atinge notas mais altas. Um modo maravilhoso de fechar com chave de
ouro um disco incrível. Nota: 8.0/10
Resumo
geral: Zella Day não pretende ser uma popstar famosa, postando fotos de
jatinhos ou de iates no seu instagram, mas apenas espalhar sua música pelo
mundo. Além disso, ela tem sua própria identidade, estampada de um modo
memorável em seu disco de estreia. “Kicker” é um trabalho totalmente pessoal,
com todo o trabalho de Zella, e aqui tem mais um ponto que a diferencia das
atuais popstars, ela assina as produções e composições de todas as músicas do
álbum, mostrando a sinceridade impressa em suas letras. A americana cresceu e
viveu em uma cidade muito pequena do Arizona, e é realmente perceptível este
espírito de simplicidade nas músicas da cantora. Zella Day está na trilha da
fama, tendo até mesmo canção em trilha sonora de filme famoso, mas ainda parece
ser a garota simples do interior dos EUA, e isso não vai mudar nem tão cedo.
“Kicker” é um disco único e delicioso, um começo perfeito para uma futura grande
artista e de longe um dos melhores álbuns do ano.
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