quarta-feira, 8 de abril de 2015

REVIEW: Nicki Minaj - The Pinkprint




Depois de um álbum tão eletrônico e pop quanto o “Pink Friday: Roman Reloaded”, Nicki Minaj queria ser levada a sério como rapper novamente, desejo esse que começou a ser visto no relançamento do álbum, intitulado de “The Re-Up”, do qual tirou o single “High School”, com Lil Wayne. A primeira amostra do novo álbum foi a baladinha “Pills N’ Potions”, que demonstrava a seriedade que o “The Pinkprint” adotaria em suas faixas. Diante do flop do carro-chefe, ela lançou “Anaconda” para compensar o fracasso, deixando os ouvintes com uma pulga atrás na orelha (Como ela queria ser levada a sério com uma música daquelas?), mas o álbum chegou nas lojas e aqui está nossa impressão sobre ele:

All Things Go

Eduardo Mauricio: O disco já abre com o que talvez seja a música mais pessoal da carreira da cantora. Sobre um instrumental pesado, ela fala sobre problemas sérios, como um assassinato em sua família e até mesmo sobre o filho que, se vivo, teria 16 anos hoje. No final da canção, ela ainda declara que “acabou de escrever e esse é ‘The Pinkprint’”, deixando claro que o resto do que vamos ouvir é algo menos divertido e eletrônico que o álbum anterior, “Pink Friday: Roman Reloaded”. Nota: 7/10

Macio Paulo: A abertura do álbum (pelo menos na versão deluxe do Spotify), de forma leve, com um rap mais “falado” e um arranjo agradável, Onika canta sobre como todas as fases passam e em como ela se reinventou, faixa bem legal e uma boa abertura para o álbum , mas nenhum destaque. Nota: 8.0/10

I Lied

Eduardo Mauricio: Apesar de não ser tão profunda quanto a faixa que abre o álbum, “I Lied” carrega a mesma aura obscura e emocional de “All Things Go”. Aqui ela fala sobre o medo de entrar em um relacionamento, dizendo que mentiu para se proteger de um partidor de corações. Nesta faixa, Minaj mostra o quão poderosa sua voz pode ser, alternando entre raps e versos melódicos. Nota: 7.5/10

Macio Paulo: Achei bem parecida com a anterior “All things do”, o vocal começa lento e Nicki acelera um pouco nos 1:25, basicamente o decorrer da canção funciona bem com linda letra sobre mentir para se proteger de uma desilusão amorosa, repito: Não sei é coisa da minha cabeça (ou ouvido, né? rs), mas achei a música BEM parecida com sua antecessora, até o fundo mesmo. PS. Acho TÃO legal ela falando “Fuck you” de forma delicada hahaha. Nota: 9.0/10

The Crying Game

Eduardo Mauricio: A primeira parceria acontece aqui, e ela não é menos que sensacional. A letra retrata alguma crise em algum relacionamento e o instrumental é um pouco mais animado que os das faixas anteriores. Jessie Ware dá o toque final à faixa, com sua voz belíssima e elegante, tornando “The Crying Game”, uma das melhores músicas do disco. Nota: 9.5/10

Macio Paulo: Parceria com Jessie Ware, aqui temos a Nicki rapper que conhecemos e amamos desde o começo da música, recheada de efeitos com mudança de voz (daquele tipo robô) e com uma pegada bem contagiante na verdade. Destaque para o refrão e para a letra mega sentimental (estou surpreendido com essas letras da Nicki). Nota: 9.0/10

Get On Your Knees

Eduardo Mauricio: Quebrando o clima sombrio da tríade inicial, a parceria com Ariana Grande vem para dar um ar mais comercial ao álbum. Com uma letra sensual e co-escrita por Katy Perry, sobre fazer um homem ficar de joelhos diante delas, a faixa seria uma das melhores apostas como single, apesar de não ser uma das minhas favoritas. Nota: 6.5/10

Macio Paulo: (LETRA MARAVILHOSAMENTE RUIM ♥) Mais uma parceria, dessa vez com a queridíssima Ariana Grande que deixa sua marca na canção com as notas altas e mais uma vez achei as batidinhas da música bem parecidas com a anterior “The crying game” (tô louco?) e é aquela música pra tentar cantar junto e segurar as notas com Ariana, aprovadíssima. PS. A linguinha da Nicki no começo da música é impagável. Nota: 10/10

Feeling Myself

Eduardo Mauricio: AGORA VAI! Todo o swag da rapper começa a aparecer na quinta faixa do disco, trazendo Beyoncé ao lado na parceria mais esperada. “Feeling Myself” não decepciona em nada. A batida é viciante, o rap safado de Minaj encaixa perfeitamente no instrumental e Beyoncé se mostra como a escolha perfeita para interpretar a canção ao lado da rapper. É praticamente uma continuação do remix de “Flawless”. Nota: 8.0/10

Macio Paulo: PARCERIA DESTRUIDORA! Com Beyonce, Nicki faz um mix de rap + refrão viciante + batida viciante + linguinha da Nicki que dá mega certo e entra para as minhas parcerias favoritas EVER, tem rap da Bey, da Nicki, canto “normal”, voz de robô e muito mais, sem dúvidas faz todos nós FEELING OURSELVES. Nota: 10/10

Only

Eduardo Mauricio: “Only” é uma das faixas mais curiosas do álbum, porque Minaj quase não canta, ela só aparece no início da canção e o resto fica a cargo de Drake, Chris Brown e Lil Wayne. Este é o único ponto negativo da música, já que a produção de Dr. Luke e Cirkut (!) é um dos melhores instrumentais do disco e os versos de Nicki são poderosos. A faixa ainda figura entre as melhores do álbum, mas as parcerias – com exceção de Chris Brown – são dispensáveis e ela ficaria perfeita sem elas. Nota: 9.0/10

Macio Paulo: Nicki + Lil Wayne + Drake resulta em? UM RAP MARAVILHOSO! No mais clássico estilo dos raps (bitches, nigga e fuck), cada um tem sua participação na música e não acho que alguém tenha *roubado o brilho* do outro, mas há boatos que Drake carrega a música (a parte dele é ótima mesmo), sem dúvidas uma das melhores do álbum. Nota: 10/10

Want Some More

Eduardo Mauricio: Aqui Minaj demonstra uma das melhores performances do álbum, com rimas afiadas e ágeis e o estilo divertido e debochado que já é uma característica da cantora. O problema aqui, assim como na faixa anterior, fica por conta da parceria desnecessária de Jeremih, que só serve para ficar gritando o nome da música. Ele é tão inútil que a participação praticamente nem foi creditado, mas os versos incríveis de Minaj compensam qualquer ponto fraco da canção. Tá precisando desacelerar nas parcerias, viu gata? Nota: 7.0/10

Macio Paulo: (Primeiramente, alguém me diz o cantor que faz o backing vocal no início da música? É o Jay Z?) Gostei dessa faixa desde o começo, dá vontade de cantar “WANT SOME MORE” desde os 0:16 segundos de música, tive impressão de já ter ouvido esse fundo musical em alguma outra música (gente, estou enlouquecendo ou o arranjo do álbum está praticamente todo igual?). De qualquer forma é uma ótima pedida e vai te deixar “querendo algo mais”. Nota: 9.5/10

Four Door Aventador

Eduardo Mauricio: Egocêntrica como as duas anteriores, mas com um instrumental fraco e versos ainda mais. O interessante refrão ainda chama a atenção, mas mesmo assim, “Four Door Aventador” não está nem perto de ser uma das melhores do álbum. Nota: 4.5/10

Macio Paulo: A segunda faixa mais curta do álbum não me chamou atenção em nenhum aspecto, parece haver uma participação especial nela porque eu senti uma voz feminina que não era a Nicki, mas é uma música comum, nenhum ponto negativo e em compensação nenhum destaque, bem “enche linguiça”. Nota: 7.0/10

Favorite

Eduardo Mauricio: Esse cara de novo? “Favorite” é outra parceria com Jeremih, mas aqui pelo menos ela funciona um pouco, o que não serve para salvar a música do buraco onde ela está. A letra é bonitinha, com os dois cantando sobre estarem apaixonados (Eles querem ser os favoritos de alguém), mas no geral, a música é bem morna e dispensável. O álbum tem tantas faixas, poderia ter deixado essa de fora. Nota: 4.0/10

Macio Paulo: Em uma música cantada no bom e velho estilo “casal”, Onika e o cantor de R&B Jeremith têm um contraponto sobre como eles querem se complementar e serem favoritos um do outro (letra repetida 666 vezes na música), gostei da parceria, contudo a letra é realmente enjoativa, chega em um ponto em que você já não aguenta mais ouvir “I just wanna be your favorite”. Nota: 6.5/10

Buy A Heart

Eduardo Mauricio: Depois da dupla de canções ruins, Onika nos presenteia com uma das melhores letras do disco. A faixa é uma bela canção de amor com dois lados. De um lado está Meek Mill, que não consegue achar alguém para amar e deseja vender seu coração (“Anybody wanna buy a heart? Cause I don't use this shit anyway”), enquanto Nicki já achou, mas ainda tem seus questionamentos. Nota: 8.5/10

Macio Paulo: Uma também parceria com um também cantor não muito conhecido me agradou mais que a sua antecessora, com Meek Mill, Nicki cria uma música levemente contagiante com uma letra na qual ela pergunta quem quer comprar seu coração (PLÁGIO CESAR MENOTTI E FABIANO), é uma música bacana e parceria gerou um bom resultado, além da letra ser do tipo “Alguém quer comprar um coração? Porque eu não uso essa merda mesmo” (ÓTIMO) Nota: 8.0/10

Trini Dem Girls

Eduardo Mauricio: Saíndo um pouco do trap/hip-hop, “Trini Dem Girls” traz um instrumental curioso, com umas batidas afro bem dançantes. É bem diferente do resto do álbum e eu realmente não sei se gostei, mas o refrão na voz de Lunchmoney Lewis e os versos em que Nicki canta (a melhor coisa da faixa) fazem valer a pena escutar mais de uma vez. Nota: 6.5/10

Macio Paulo: (Álbum cheio de parcerias, hein?) Chegamos à metade e temos mais vozes masculinas cantando com Nicki, com uma batida mais contagiante, um fundo parecido com as outras do álbum (sabe aqueles efeitos meio “eletrônica”? É disso que eu estou falando) e uma letra não tão interessante, a música faz uma passagem do rap masculino para a o refrão da Nicki de forma muito gostosa de ouvir, gostei bastante. Nota: 9.0/10

Anaconda

Eduardo Mauricio: “Que dia horroroso para saber ler” é a impressão que se tem depois de se ouvir essa música, é uma das letras mais explícitas e sujas do álbum, mas o instrumental e o refrão são tão cativantes que ela se torna maravilhosa. “Anaconda” é um verdadeiro guilty pleasure e é a canção 8/80 do álbum, ou você ama ou odeia. E aí, a sua anaconda quer? Nota: 8.0/10

Macio Paulo: (AI MEU CORASSAUM) Essa música me contagiou desde antes do tão polêmico clipe, a também parceria com Drake é ótima, mas não do tipo música boa e sim do tipo música tão cheia de efeitos (tem de TUDO nessa faixa), linguinha da Nicki, letra maravilhosamente ruim e refrão viciante que te faz amá-la ou odiá-la, o típico 8 ou 80, no meu caso, AMO DE PAIXÃO. Nota: 10/10

The Night Is Still Young

Eduardo Mauricio: “The Night Is Still Young” é como um balde de água jogado sobre a chapa quente que era “Anaconda”. Para esfriar as coisas, Minaj traz a faixa mais pop do álbum, com uma vibe eletrônica bem explorada por ela no álbum passado. A faixa é bem cativante e agradável de se ouvir. Nota: 7.0/10

Macio Paulo: Um mix de rap pelo decorrer geral da música e pop no refrão, não é o estilo dela mas funcionou bem, cantando sobre como a noite será divertida e em como ela vai enlouquecer, Onika traz uma música dançante, daquelas pra ouvir antes de chegar na balada and have fun. Nota: 8.5/10

Pills N' Potions

Eduardo Mauricio: O carro-chefe do “The Pinkprint” é uma das faixas mais injustiçadas. O flop até que foi justificável, já que ela não é uma canção nada comercial, mas não deixa de ser injusto. A letra é linda e o refrão, na voz da própria Minaj, é maravilhoso. Merecia mais reconhecimento. Nota: 8.5/10

Macio Paulo: Achei que era Partition da Bey disfarçada logo no começo, e é mais que notável a similaridade no fundo musical das duas músicas, uma faixa interessante puxada para o pop, mostra como Nicki pode ser versátil, misturar estilos e passear bem entre eles, contudo não caio de amores por essa canção. Nota: 7.5/10

Bed of Lies

Eduardo Mauricio: A penúltima faixa da versão normal do álbum possui uma letra delicada e sincera e um dos refrãos mais poderosos de todo o disco, interpretado pela sempre maravilhosa Skylar Grey. É incrível como a faixa se encaixa nos estilos das duas perfeitamente. Nota: 7.5/10

Macio Paulo: Aqui temos Nicki fazendo o rap no decorrer da música e Skylar segurando muito bem o refrão com sua voz suave e delicada (fórmula que funciona muito bem no geral), a divisão da música foi bem pensada, sua letra é linda e particularmente, o refrão me relaxa, só tenho elogios. Nota: 10/10

Grand Piano

Eduardo Mauricio: “Grand Piano” demonstra o auge da versatilidade de Nicki em toda a sua carreira. Aqui não há absolutamente nenhum rap, apenas a belíssima voz da cantora acompanhada de um piano. Um belo modo de fechar a versão normal do disco. Nota: 7.0/10

Macio Paulo: Começa no toque de um piano (rs) e um vocal mais trabalhado da Nicki (tem até alguns falsetes!), esbanjando sentimento devido a forte letra, Onika se prova versátil mais uma vez, se eu não a conhecesse acharia que era mais uma Birdy (sério), aprovada. Nota: 9.0/10

Big Daddy

Eduardo Mauricio: Abrindo a versão deluxe do álbum, Meek Mill volta para uma nova parceria, mas, infelizmente, “Big Daddy” não tem nem 1/10 da qualidade de “Buy a Heart”. É apenas mais uma faixa sobre sexo, ainda bem que não está na versão normal do disco. Nota: 4.0/10

Macio Paulo: Voltamos para a Nicki rapper, na segunda parceria do álbum com Meek em mais um rap clássico como os outros do álbum, a letra segue o mesmo estilo exaltando sua masculinidade/virilidade (há boatos que ele e Onika estão tendo um caso!), nada especial. Nota: 6.0/10

Shanghai

Eduardo Mauricio: A melhor faixa de todo o álbum foi deixada na versão deluxe? Como pode? Pois é, “Shanghai” possui tudo o que esperamos de uma faixa da Nicki. Tem um instrumental fodasticamente alucinante, letra cheia de shades e exalando poder, além de os versos ágeis e agressivos da rapper, onde ela mostra que ninguém pode tirá-la do jogo. Onika é a verdadeira nigga que manda nessa porra, então bow down bitches! Nota: 10/10

Macio Paulo: MARAVILHOSA! O fundo musical é diferente de tudo que eu já ouvi antes (até que enfim) e Onika está potente aqui, sabe quando uma canção é executada “com vontade”? Essa é Shanghai, fazendo jus à letra, a cantora é autossuficiente para fazer segurar uma canção ótima sozinha e fazê-la ser uma das melhores do álbum. Destaque: “Shanghai! Shanghai! Shanghai!” Nota: 10/10

Win Again

Eduardo Mauricio: O álbum tem as canções sobre corações partidos e sobre ela ser a melhor no que faz, “Win Again” se encaixa na segunda categoria, mas sem carisma ou algo para ficar marcada. Nota: 5.0/10

Macio Paulo: Com uma letra provocando as bitches e se auto exaltando, Nicki prova seu sucesso com uma música que vai de um rap às partes lentas. Ponto negativo: A repetição de “Win again” tantas vezes se torna chata de ouvir. Nota: 7.0/10

Truffle Butter

Eduardo Mauricio: Drake e Lil Wayne retornam para mais uma parceria. Ao lado de Nicki, eles são dois dos maiores nomes do hip-hop atualmente. Com sua batida frenética e uma letra com poucos atrativos, “Truffle Butter” consegue ser uma das surpresas fora da versão comum do disco, junto à magnífica “Shanghai”. Nota: 7.0/10

Macio Paulo: Mais uma parceria do trio Drake, Lil Wayne e Nicki e não fica atrás da já amada "Only". Considero Truffle Butter contagiante desde o começo, o arranjo é como se fosse de música eletrônica e a ausênca do refrão nela não faz nenhuma falta, a letra é como a maioria das letras de rap, um mix: Auto exaltação e muitos palavrões que a gente ama. Nota: 9.0/10

Mona Lisa

Eduardo Mauricio: Aqui a voz de Nicki está tão entupida de efeitos que se torna irritante. Isso, somado à execução cansativa da canção torna quase impossível chegar até o final dela. Nota: 1.0/10

Macio Paulo: De forma suave e proporcional à letra, Onika canta sobre amor e como um alguém a faz sentir tão bem, achei a faixa outra “enche linguiça”, nenhum destaque pessoal e é até enjoativa em algumas partes. Nota: 6.0/10

Put You In A Room

Eduardo Mauricio: A letra não é interessante, os versos são sonolentos e a ótima batida ajuda muito pouco a melhorar a impressão que tenho sobre essa música. Extremamente dispensável. Nota: 3.5/10

Macio Paulo: A última, Nicki quis fechar o álbum com algo levemente animado estilo e conseguiu, seguindo seu estilo com presença do rap e momento de calmaria, a canção é delicada e simplesmente boa para ouvir, sem muita produção ou grande destaque, o ponto alto é a simplicidade contagiante. Nota: 9.0/10

Resumo geral: “The Pinkprint” mostra um claro amadurecimento de Nicki Minaj como artista. Ela deixou um pouco de lado o visual colorido e as músicas pop para focar em algo mais à sua cara. O álbum é sóbrio e sério e além de servir para mostrar o amadurecimento da artista, serve também para nos demonstrar a versatilidade dela, que alterna entre raps poderosos e vocais melódicos. Se ela queria ser levada a sério com esse disco, conseguiu com maestria, deixando de vez a sua marca como a grande rapper que é.



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