Depois de um álbum tão eletrônico e pop quanto o
“Pink Friday: Roman Reloaded”, Nicki Minaj queria ser levada a sério como
rapper novamente, desejo esse que começou a ser visto no relançamento do álbum,
intitulado de “The Re-Up”, do qual tirou o single “High School”, com Lil Wayne.
A primeira amostra do novo álbum foi a baladinha “Pills N’ Potions”, que
demonstrava a seriedade que o “The Pinkprint” adotaria em suas faixas. Diante
do flop do carro-chefe, ela lançou “Anaconda” para compensar o fracasso,
deixando os ouvintes com uma pulga atrás na orelha (Como ela queria ser levada
a sério com uma música daquelas?), mas o álbum chegou nas lojas e aqui está
nossa impressão sobre ele:
All Things Go
Eduardo Mauricio: O disco já abre com o que talvez seja a música mais pessoal da
carreira da cantora. Sobre um instrumental pesado, ela fala sobre problemas
sérios, como um assassinato em sua família e até mesmo sobre o filho que, se
vivo, teria 16 anos hoje. No final da canção, ela ainda declara que “acabou de
escrever e esse é ‘The Pinkprint’”, deixando claro que o resto do que vamos
ouvir é algo menos divertido e eletrônico que o álbum anterior, “Pink Friday:
Roman Reloaded”. Nota: 7/10
Macio Paulo: A abertura do álbum (pelo menos na versão deluxe do Spotify), de forma leve, com um rap mais “falado” e um arranjo agradável, Onika canta sobre como todas as fases passam e em como ela se reinventou, faixa bem legal e uma boa abertura para o álbum , mas nenhum destaque. Nota: 8.0/10
I Lied
Eduardo Mauricio: Apesar de não ser tão profunda quanto a faixa que abre o álbum, “I Lied”
carrega a mesma aura obscura e emocional de “All Things Go”. Aqui ela fala
sobre o medo de entrar em um relacionamento, dizendo que mentiu para se
proteger de um partidor de corações. Nesta faixa, Minaj mostra o quão poderosa
sua voz pode ser, alternando entre raps e versos melódicos. Nota: 7.5/10
Macio Paulo: Achei bem parecida com a anterior “All things do”, o vocal começa lento e Nicki acelera um pouco nos 1:25, basicamente o decorrer da canção funciona bem com linda letra sobre mentir para se proteger de uma desilusão amorosa, repito: Não sei é coisa da minha cabeça (ou ouvido, né? rs), mas achei a música BEM parecida com sua antecessora, até o fundo mesmo. PS. Acho TÃO legal ela falando “Fuck you” de forma delicada hahaha. Nota: 9.0/10
The Crying Game
Eduardo Mauricio: A primeira parceria acontece aqui, e ela não é menos que
sensacional. A letra retrata alguma crise em algum relacionamento e o
instrumental é um pouco mais animado que os das faixas anteriores. Jessie Ware
dá o toque final à faixa, com sua voz belíssima e elegante, tornando “The
Crying Game”, uma das melhores músicas do disco. Nota: 9.5/10
Macio Paulo: Parceria com Jessie Ware, aqui temos a Nicki rapper que conhecemos e amamos desde o começo da música, recheada de efeitos com mudança de voz (daquele tipo robô) e com uma pegada bem contagiante na verdade. Destaque para o refrão e para a letra mega sentimental (estou surpreendido com essas letras da Nicki). Nota: 9.0/10
Get On Your Knees
Eduardo Mauricio: Quebrando o clima sombrio da tríade inicial, a parceria com Ariana
Grande vem para dar um ar mais comercial ao álbum. Com uma letra sensual e
co-escrita por Katy Perry, sobre fazer um homem ficar de joelhos diante
delas, a faixa seria uma das melhores apostas como single, apesar de não ser
uma das minhas favoritas. Nota: 6.5/10
Macio Paulo: (LETRA MARAVILHOSAMENTE RUIM ♥) Mais uma parceria, dessa vez com a queridíssima Ariana Grande que deixa sua marca na canção com as notas altas e mais uma vez achei as batidinhas da música bem parecidas com a anterior “The crying game” (tô louco?) e é aquela música pra tentar cantar junto e segurar as notas com Ariana, aprovadíssima. PS. A linguinha da Nicki no começo da música é impagável. Nota: 10/10
Feeling Myself
Eduardo Mauricio: AGORA VAI! Todo o swag da rapper começa a aparecer na quinta faixa
do disco, trazendo Beyoncé ao lado na parceria mais esperada. “Feeling Myself”
não decepciona em nada. A batida é viciante, o rap safado de Minaj encaixa
perfeitamente no instrumental e Beyoncé se mostra como a escolha perfeita para
interpretar a canção ao lado da rapper. É praticamente uma continuação do remix
de “Flawless”. Nota: 8.0/10
Macio Paulo: PARCERIA DESTRUIDORA! Com Beyonce, Nicki faz um mix de rap + refrão viciante + batida viciante + linguinha da Nicki que dá mega certo e entra para as minhas parcerias favoritas EVER, tem rap da Bey, da Nicki, canto “normal”, voz de robô e muito mais, sem dúvidas faz todos nós FEELING OURSELVES. Nota: 10/10
Only
Eduardo Mauricio: “Only” é uma das faixas mais curiosas do álbum, porque Minaj quase não canta,
ela só aparece no início da canção e o resto fica a cargo de Drake, Chris Brown
e Lil Wayne. Este é o único ponto negativo da música, já que a produção de Dr.
Luke e Cirkut (!) é um dos melhores instrumentais do disco e os versos de Nicki
são poderosos. A faixa ainda figura entre as melhores do álbum, mas as
parcerias – com exceção de Chris Brown – são dispensáveis e ela ficaria perfeita
sem elas. Nota: 9.0/10
Macio Paulo: Nicki + Lil Wayne + Drake resulta em? UM RAP MARAVILHOSO! No mais clássico estilo dos raps (bitches, nigga e fuck), cada um tem sua participação na música e não acho que alguém tenha *roubado o brilho* do outro, mas há boatos que Drake carrega a música (a parte dele é ótima mesmo), sem dúvidas uma das melhores do álbum. Nota: 10/10
Want Some More
Eduardo Mauricio: Aqui Minaj demonstra uma das melhores performances do álbum, com
rimas afiadas e ágeis e o estilo divertido e debochado que já é uma
característica da cantora. O problema aqui, assim como na faixa anterior, fica
por conta da parceria desnecessária de Jeremih, que só serve para ficar
gritando o nome da música. Ele é tão inútil que a participação praticamente nem
foi creditado, mas os versos incríveis de Minaj compensam qualquer ponto fraco
da canção. Tá precisando desacelerar nas parcerias, viu gata? Nota: 7.0/10
Macio Paulo: (Primeiramente, alguém me diz o cantor que faz o backing vocal no início da música? É o Jay Z?) Gostei dessa faixa desde o começo, dá vontade de cantar “WANT SOME MORE” desde os 0:16 segundos de música, tive impressão de já ter ouvido esse fundo musical em alguma outra música (gente, estou enlouquecendo ou o arranjo do álbum está praticamente todo igual?). De qualquer forma é uma ótima pedida e vai te deixar “querendo algo mais”. Nota: 9.5/10
Four Door Aventador
Eduardo Mauricio: Egocêntrica como as duas anteriores, mas com um instrumental
fraco e versos ainda mais. O interessante refrão ainda chama a atenção, mas
mesmo assim, “Four Door Aventador” não está nem perto de ser uma das melhores
do álbum. Nota: 4.5/10
Macio Paulo: A segunda faixa mais curta do álbum não me chamou atenção em nenhum aspecto, parece haver uma participação especial nela porque eu senti uma voz feminina que não era a Nicki, mas é uma música comum, nenhum ponto negativo e em compensação nenhum destaque, bem “enche linguiça”. Nota: 7.0/10
Eduardo Mauricio: Esse cara de novo? “Favorite” é outra parceria com Jeremih, mas aqui pelo
menos ela funciona um pouco, o que não serve para salvar a música do buraco
onde ela está. A letra é bonitinha, com os dois cantando sobre estarem
apaixonados (Eles querem ser os favoritos de alguém), mas no geral, a música é
bem morna e dispensável. O álbum tem tantas faixas, poderia ter deixado essa de
fora. Nota: 4.0/10
Macio Paulo: Em uma música cantada no bom e velho estilo “casal”, Onika e o cantor de R&B Jeremith têm um contraponto sobre como eles querem se complementar e serem favoritos um do outro (letra repetida 666 vezes na música), gostei da parceria, contudo a letra é realmente enjoativa, chega em um ponto em que você já não aguenta mais ouvir “I just wanna be your favorite”. Nota: 6.5/10
Buy A Heart
Eduardo Mauricio: Depois da dupla de canções ruins, Onika nos presenteia com uma das melhores
letras do disco. A faixa é uma bela canção de amor com dois lados. De um lado
está Meek Mill, que não consegue achar alguém para amar e deseja vender seu
coração (“Anybody wanna buy a heart? Cause
I don't use this shit anyway”), enquanto Nicki já achou, mas ainda tem seus
questionamentos. Nota: 8.5/10
Macio Paulo: Uma também parceria com um também cantor não muito conhecido me agradou mais que a sua antecessora, com Meek Mill, Nicki cria uma música levemente contagiante com uma letra na qual ela pergunta quem quer comprar seu coração (PLÁGIO CESAR MENOTTI E FABIANO), é uma música bacana e parceria gerou um bom resultado, além da letra ser do tipo “Alguém quer comprar um coração? Porque eu não uso essa merda mesmo” (ÓTIMO) Nota: 8.0/10
Trini Dem Girls
Eduardo Mauricio: Saíndo um pouco do trap/hip-hop, “Trini Dem Girls” traz um
instrumental curioso, com umas batidas afro bem dançantes. É bem diferente do
resto do álbum e eu realmente não sei se gostei, mas o refrão na voz de Lunchmoney
Lewis e os versos em que Nicki canta (a melhor coisa da faixa) fazem valer a
pena escutar mais de uma vez. Nota:
6.5/10
Macio Paulo: (Álbum cheio de parcerias, hein?) Chegamos à metade e temos mais vozes masculinas cantando com Nicki, com uma batida mais contagiante, um fundo parecido com as outras do álbum (sabe aqueles efeitos meio “eletrônica”? É disso que eu estou falando) e uma letra não tão interessante, a música faz uma passagem do rap masculino para a o refrão da Nicki de forma muito gostosa de ouvir, gostei bastante. Nota: 9.0/10
Anaconda
Eduardo Mauricio: “Que dia horroroso para saber ler” é a impressão que se tem depois de se
ouvir essa música, é uma das letras mais explícitas e sujas do álbum, mas o
instrumental e o refrão são tão cativantes que ela se torna maravilhosa.
“Anaconda” é um verdadeiro guilty
pleasure e é a canção 8/80 do álbum, ou você ama ou odeia. E aí, a sua
anaconda quer? Nota: 8.0/10
Macio Paulo: (AI MEU CORASSAUM) Essa música me contagiou desde antes do tão polêmico clipe, a também parceria com Drake é ótima, mas não do tipo música boa e sim do tipo música tão cheia de efeitos (tem de TUDO nessa faixa), linguinha da Nicki, letra maravilhosamente ruim e refrão viciante que te faz amá-la ou odiá-la, o típico 8 ou 80, no meu caso, AMO DE PAIXÃO. Nota: 10/10
Eduardo Mauricio: “The Night Is Still Young” é como um balde de água jogado
sobre a chapa quente que era “Anaconda”. Para esfriar as coisas, Minaj traz a
faixa mais pop do álbum, com uma vibe eletrônica bem explorada por ela no álbum
passado. A faixa é bem cativante e agradável de se ouvir. Nota: 7.0/10
Macio Paulo: Um mix de rap pelo decorrer geral da música e pop no refrão, não é o estilo dela mas funcionou bem, cantando sobre como a noite será divertida e em como ela vai enlouquecer, Onika traz uma música dançante, daquelas pra ouvir antes de chegar na balada and have fun. Nota: 8.5/10
Pills N' Potions
Eduardo Mauricio: O carro-chefe do “The Pinkprint” é uma das faixas mais
injustiçadas. O flop até que foi justificável, já que ela não é uma canção nada
comercial, mas não deixa de ser injusto. A letra é linda e o refrão, na voz da
própria Minaj, é maravilhoso. Merecia mais reconhecimento. Nota: 8.5/10
Macio Paulo: Achei que era Partition da Bey disfarçada logo no começo, e é mais que notável a similaridade no fundo musical das duas músicas, uma faixa interessante puxada para o pop, mostra como Nicki pode ser versátil, misturar estilos e passear bem entre eles, contudo não caio de amores por essa canção. Nota: 7.5/10
Bed of Lies
Eduardo Mauricio: A penúltima faixa da versão normal do álbum possui uma letra delicada e
sincera e um dos refrãos mais poderosos de todo o disco, interpretado pela
sempre maravilhosa Skylar Grey. É incrível como a faixa se encaixa nos estilos
das duas perfeitamente. Nota: 7.5/10
Macio Paulo: Aqui temos Nicki fazendo o rap no decorrer da música e Skylar segurando muito bem o refrão com sua voz suave e delicada (fórmula que funciona muito bem no geral), a divisão da música foi bem pensada, sua letra é linda e particularmente, o refrão me relaxa, só tenho elogios. Nota: 10/10
Grand Piano
Eduardo Mauricio: “Grand Piano” demonstra o auge da versatilidade de Nicki em toda a sua
carreira. Aqui não há absolutamente nenhum rap, apenas a belíssima voz da
cantora acompanhada de um piano. Um belo modo de fechar a versão normal do
disco. Nota: 7.0/10
Macio Paulo: Começa no toque de um piano (rs) e um vocal mais trabalhado da Nicki (tem até alguns falsetes!), esbanjando sentimento devido a forte letra, Onika se prova versátil mais uma vez, se eu não a conhecesse acharia que era mais uma Birdy (sério), aprovada. Nota: 9.0/10
Big Daddy
Eduardo Mauricio: Abrindo a versão deluxe do álbum, Meek Mill volta para uma nova parceria, mas,
infelizmente, “Big Daddy” não tem nem 1/10 da qualidade de “Buy a Heart”. É
apenas mais uma faixa sobre sexo, ainda bem que não está na versão normal do
disco. Nota: 4.0/10
Macio Paulo: Voltamos para a Nicki rapper, na segunda parceria do álbum com Meek em mais um rap clássico como os outros do álbum, a letra segue o mesmo estilo exaltando sua masculinidade/virilidade (há boatos que ele e Onika estão tendo um caso!), nada especial. Nota: 6.0/10
Shanghai
Eduardo Mauricio: A melhor faixa de todo o álbum foi deixada na versão deluxe? Como pode? Pois
é, “Shanghai” possui tudo o que esperamos de uma faixa da Nicki. Tem um
instrumental fodasticamente alucinante, letra cheia de shades e exalando poder,
além de os versos ágeis e agressivos da rapper, onde ela mostra que ninguém
pode tirá-la do jogo. Onika é a verdadeira nigga
que manda nessa porra, então bow down
bitches! Nota: 10/10
Macio Paulo: MARAVILHOSA! O fundo musical é diferente de tudo que eu já ouvi antes (até que enfim) e Onika está potente aqui, sabe quando uma canção é executada “com vontade”? Essa é Shanghai, fazendo jus à letra, a cantora é autossuficiente para fazer segurar uma canção ótima sozinha e fazê-la ser uma das melhores do álbum. Destaque: “Shanghai! Shanghai! Shanghai!” Nota: 10/10
Win Again
Eduardo Mauricio: O álbum tem as canções sobre corações partidos e sobre ela ser a melhor no que faz, “Win
Again” se encaixa na segunda categoria, mas sem carisma ou algo para ficar
marcada. Nota: 5.0/10
Macio Paulo: Com uma letra provocando as bitches e se auto exaltando, Nicki prova seu sucesso com uma música que vai de um rap às partes lentas. Ponto negativo: A repetição de “Win again” tantas vezes se torna chata de ouvir. Nota: 7.0/10
Truffle Butter
Eduardo Mauricio: Drake e Lil Wayne retornam para mais uma parceria. Ao lado de
Nicki, eles são dois dos maiores nomes do hip-hop atualmente. Com sua batida
frenética e uma letra com poucos atrativos, “Truffle Butter” consegue ser uma
das surpresas fora da versão comum do disco, junto à magnífica “Shanghai”. Nota: 7.0/10
Macio Paulo: Mais uma parceria do trio Drake, Lil Wayne e Nicki e não fica atrás da já amada "Only". Considero Truffle Butter contagiante desde o começo, o arranjo é como se fosse de música eletrônica e a ausênca do refrão nela não faz nenhuma falta, a letra é como a maioria das letras de rap, um mix: Auto exaltação e muitos palavrões que a gente ama. Nota: 9.0/10
Mona Lisa
Eduardo Mauricio: Aqui a voz de Nicki está tão entupida de efeitos que se torna irritante.
Isso, somado à execução cansativa da canção torna quase impossível chegar até o
final dela. Nota: 1.0/10
Macio Paulo: De forma suave e proporcional à letra, Onika canta sobre amor e como um alguém a faz sentir tão bem, achei a faixa outra “enche linguiça”, nenhum destaque pessoal e é até enjoativa em algumas partes. Nota: 6.0/10
Put You In A Room
Eduardo Mauricio: A letra não é interessante, os versos são sonolentos e a ótima
batida ajuda muito pouco a melhorar a impressão que tenho sobre essa música.
Extremamente dispensável. Nota: 3.5/10
Macio Paulo: A última, Nicki quis fechar o álbum com algo levemente animado estilo e conseguiu, seguindo seu estilo com presença do rap e momento de calmaria, a canção é delicada e simplesmente boa para ouvir, sem muita produção ou grande destaque, o ponto alto é a simplicidade contagiante. Nota: 9.0/10
Resumo
geral: “The Pinkprint” mostra um claro amadurecimento de Nicki Minaj como
artista. Ela deixou um pouco de lado o visual colorido e as músicas pop para
focar em algo mais à sua cara. O álbum é sóbrio e sério e além de servir para
mostrar o amadurecimento da artista, serve também para nos demonstrar a
versatilidade dela, que alterna entre raps poderosos e vocais melódicos. Se ela
queria ser levada a sério com esse disco, conseguiu com maestria, deixando de
vez a sua marca como a grande rapper que é.
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