quarta-feira, 8 de abril de 2015

CRÍTICA: Velozes e Furiosos 7 (2015)




AVISO: Os parágrafos a seguir podem conter revelações importantes sobre o filme, se você ainda não assistiu, esteja ciente de que pode encontrar spoilers!

Em novembro de 2013 recebíamos a surpreendente notícia da morte de Paul Walker, o ator de 40 anos havia se envolvido em um fatal acidente de carro, que não chocou apenas amigos e familiares, mas também nós fãs e admiradores que sempre acompanhamos a série “Velozes e Furiosos”, da qual fazia parte. Brian O’Conner (Personagem que o ator interpretou) era uma parte muito importante da família Fast. O sétimo filme da série já estava sendo gravado quando a tragédia aconteceu, tudo já estava planejado, mas a tragédia mudou os rumos da história, transformando “Velozes e Furiosos 7” em uma homenagem emocionante a Paul Walker e, acima de tudo, uma despedida de uma família que se formara há mais 10 anos.

A sétima parte da franquia acompanha os eventos que acontecem depois dos acontecimentos de Londres, em que Dom (Vin Diesel), Brian (Paul Walker), Letty (Michelle Rodriguez) e o resto da equipe voltam para os EUA e recomeçam suas vidas. Mas a tranquilidade do grupo é abalada quando Ian Shawn (Jason Statham, da franquia “Carga Explosiva”), um assassino profissional, ameaça matá-los por vingança pela morte do irmão.

Como já vinha acontecendo desde o quinto filme, aqui os carros tunados e garotas sensuais são deixados um pouco de lado para dar lugar à ação, o que já é mostrado com o título original do sétimo filme, que eliminou o “fast”, se tornando “Furious 7”. E o filme realmente é recheado de cenas de ação capazes de tirar o fôlego de quem assiste, com explosões, perseguições e saltos cheios de adrenalina. As cenas aqui estão ainda mais exageradas que nos outros filmes, beirando o absurdo, mas é justamente isso que franquia propõe, ação e diversão frenética sem dar pausa pra respirar.

O plot do assassino profissional divide espaço com a história do resgate de uma hacker pelo grupo, a belíssima Ramsey (Nathalie Emmanuel, da série “Game of Thrones”), que rende uma das melhores sequências do filme, contando até com carros caindo do céu de paraquedas em uma das várias cenas surreais do filme. Mas como nem tudo é ação, há um alívio cômico no filme, proporcionado pelo sempre divertido Roman (Tyrese Gibson) com suas piadas colocadas sempre em momentos ideais.

A direção fica a cargo de James Wan, mais conhecido por “Invocação do Mal” (2013), “Sobrenatural” (2011) e “Jogos Mortais” (2004) e o que parecia uma escolha esquisita no início, se tornou a melhor decisão que poderia tomar. Wan sai de sua zona de conforto e mostra que sabe dirigir um filme de ação de alto cacife, com uma adrenalina incrível e seus já característicos jogos de câmera. É ele o responsável pelas melhores cenas de ação da franquia.

O final do filme oferece a cena mais emocionante que um fã já viu ao longo dos sete filmes, é uma despedida sincera para Paul Walker. Ver Vin Diesel e um computadorizado Paul Walker disputando uma última corrida é extremamente emocionante. A película termina com uma cena-metáfora lindíssima, mostrando o personagem de Walker pegando uma estrada diferente e dirigindo rumo a um lugar belíssima, parecido com o paraíso.

“Velozes e Furiosos 7” é insano e emocionante. O sétimo filme da franquia tem tudo o que era esperado e ainda mais, cenas de ação frenéticas, humor e uma belíssima homenagem do elenco a alguém que ficará em suas memórias por muito tempo. É a família Fast dando adeus a um de seus membros de uma forma tocante e sincera.





←  Anterior Proxima  → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...