Mais uma quinta, mais um Spotlight... Não, pera.
Pois é, hoje não é quinta e eu sei disso, mas isso
não nos impede de apresentar mais um artista desconhecido em nossa sessão
semanal do Spotlight, certo? Então pega a pipoca e vem conferir a novidade de
hoje!
A essa altura do campeonato, já está mais do que
provado que a Suécia é um dos países mais agraciados com artistas talentosos,
Robyn, Tove Lo, Icona Pop, Avicii, Lykke Li, Marlene, Zara Larsson, Max Martin
e muitos outros músicos famosos já provam isso de forma satisfatória. Pois bem,
nosso destaque de hoje, como já deu pra perceber, vem desta terra mágica, e é
bem provável que você o conheça, já que a cantora desta sexta já tem um sucesso
considerável no meio musical. Estou falando da maravilhosa Elliphant, que vai
atualizar suas definições de badass
v1d4l0k4 (Quem é Miley Cyrus na fila do pão?).
Ellinor Olovsdotter é dona de um estilo único, que
mistura vários ritmos e sons de todos os lugares, mas com um pé sempre no
hip-hop. Pode ser facilmente comparada a artistas como M.I.A. e Santigold, por
exemplo, mas o que lhe torna única é seu jeito de cantar, com um sotaque singular,
cativante e muito fofo. É o tipo de pessoa com quem todos nós adoraríamos andar
no recreio.
A sueca começou sua carreira com a maravilhosa “Tekkno Scene”, que fez um sucesso
considerável para um single de estreia (Esteve presente na trilha sonora do
jogo FIFA 13) e foi a primeira responsável pelas comparações com a dona de “Bad
Girls”. Em questão de sonoridade, “Tekkno Scene” é bem parecida mesmo com o
estilo de M.I.A., trazendo um rap em cima de batidas de moombahton, além de um
refrão frenético.
Pois bem, a faixa esteve presente no brilhante EP
de estreia de Elliphant, que leva o mesmo nome da artista, no qual estiveram
presentes cinco canções, todas com estilos e batidas diferentes entre si, mas
unidas pelo estilo único e despojado da cantora.
Dentre todas as cinco, a que mais obteve fama foi o
single “Down On Life”, elogiado até
Katy Perry. Largando um pouco as influências do hip-hop, aqui Elliphant traz um
instrumental pop com um pouco de reggae e um refrão pegajoso com vocais
melódicos, algo totalmente diferente do primeiro single. Outra que também
conseguiu um grande destaque foi “Ciant
Hear It”, faixa pela qual eu conheci e me apaixonei por Ellie, que fugindo
do estilo das outras duas, apresenta um hip-hop puro e cheio de estilo.
A faixa mais fraca do EP é com certeza a esquisita
“In The Jungle”, com vocais abafados
e um gostoso break de música eletrônica, mas a maior surpresa (Pelo menos para
os brasileiros) definitivamente foi o hino “Make It Juicy”, que traz um instrumental de funk carioca (!). Pois
é, não são apenas leves influências, o instrumental é puramente feito do nosso
funk, misturado, é claro, aos versos de rap de Elliphant. Podemos falar o que
quiser do funk carioca, com suas letras depravadas ao extremo (na maioria dos
casos), mas não podemos negar que é um dos ritmos mais gostosos de se dançar. “Make
It Juicy” é a prova disso.
Não assista comendo...
Depois do maravilhoso EP de estreia, Ellie conseguiu
sinal verde para um álbum completo, e daí surgiu “A Good Idea”, que trazia singles incríveis como a energética “Music Is Life”, com um instrumental
hip-hop cheio de influências noventistas e guitarras deliciosas, além de um
refrão melódico intercalando com versos rápidos de rap, e a mid-tempo “Could It Be”, com um clima entorpecente
e relaxante.
Outros destaques do álbum ficam por conta de “Shoot Me Down” e seu instrumental trap
com versos melódicos e clima meio onírico e obscuro, “Toilet Line Romance”, que traz de volta o estilo despojado e fodão
de Elliphant junto a um instrumental mais rápido, “Run Far”, com instrumental rápido e rimas ágeis, lembrando Black
Eyed Peas nos tempos de ouro (Esta faixa, inclusive, é um dos pontos mais altos
do disco ao lado de “Bitch Out” e “Music Is Life”), a agressiva e esquizofrênica
“Boom Your Head”, com versos de rap
quase gritados loucamente, e a já citada “Bitch
Out”, com um instrumental eletrônico viciante cheio de sintetizadores
esquisitos e um refrão incrível (Às vezes o indivíduo tá louco na droga para
produzir algo como esta faixa).
Depois do álbum, vieram mais dois EPs, “Look Like
You Love It” e “One More”, ambos em 2014.
O primeiro trouxe uma forte influência do trap e
canções maravilhosas, com destaque para três. O primeiro destaque é “All Or Nothing”, com um instrumental de
trap, tambores africanos e “pops” de bolhas estourando, uma mistura que só
podia vir da mente de Diplo. O segundo dos destaques fica por conta do
lead-single do material, a grandiosa “Revolusion”,
que começa nos apresentando uma atmosfera densa de sintetizadores pesados e
versos quase gritados, culminando em um twerkante drop de trap music.
Agora sim o maior destaque do material! Com
produção de Skrillex, “Only Getting
Younger” pode ser considerado como um dos maiores acertos da carreira de
Elliphant. Com uma melodia viciante, uma letra libertadora toda trabalhada no carpe diem, versos poderosos e um break pra
lá frenético, a canção rapidamente se tornou uma das favoritas dos fãs e logo
foi lançada como single. Hino é hino, né mores?
O segundo EP foi lançado um pouco depois e trazia
uma parceria com MØ (!) como primeiro single. “One More”, que também dá nome ao trabalho, é um mid-tempo melódico
com aceleradas batidas urban. Ellinor e Karen fazem uma ótima dupla e a química
das duas é impressionante, então estamos rezando por mais uma parceria entre
essas rainhas desde já.
Eu nunca pensei que isso poderia acontecer, mas
não, a parceria com a MØ não é o maior destaque do EP, deixando este posto para
a sensacional “Save The Grey”, com
batidas de trap e versos de rap às vezes melódicos, às vezes cuspidos. Para
completar o pacote, temos um refrão épico.
Agora em 2015, Elliphant trabalha em seu segundo
álbum de estúdio, sucessor do “A Good Idea”, chamado de “Living Life Golden”,
que trouxe como primeiro single algo que dificilmente imaginaríamos na voz de
Ellie, uma power ballad. O resultado foi surpreendente e “Love Me Badder”, a tal balada, já é uma das minhas favoritas da
carreira dela. O segundo single, e última música divulgada pela cantora até
agora, é “Best People In The World”,
que consegue ser tão incrível quanto o primeiro single, trazendo uma mistura de
refrão melódico e versos de rap com sintetizadores densos ao longo da canção.
E aí, essa diva precisa ganhar reconhecimento o
mais rápido possível ou precisa ganhar reconhecimento o mais rápido possível?
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