Mais uma quinta chega e mais um Spotlight também. O
blog está meio parado ultimamente, meio não, praticamente totalmente, mas
quinta feira é um dia sagrado para nós por causa desta série abençoada por Deus
que te leva o que há de melhor da música underground por aí. Hoje, o artista
que merece mais reconhecimento do que tem é a americana BANKS, uma ninfa emo
gótica do R&B.
Com uma sonoridade que mais parece uma mistura
entre Lana Del Rey, FKA twigs e Tinashe, mas com um toque obscuro e gótico,
esta californiana de 27 anos conquistou meus ouvidos e coração logo na primeira
música que escutei do seu catálogo de hinos impecáveis.
BANKS estreou no mundo da música com um EP, como a
grande maioria dos novos artistas no meio musical, chamado de “Fall Over”, no qual foi possível
perceber que sua identidade musical ainda não estava totalmente formada. O
trabalho contou com 4 faixas, sendo 3 originais e uma delas, um remix. A
faixa-título tem influências do indie-pop e do R&B alternativo, enquanto “Work” é uma club banger para bater
cabelo com força na balada. O destaque, no entanto, fica por conta a última
faixa original e uma das melhores músicas de BANKS, o hino “Before I Ever Met You”, um R&B
eletrônico com vocais sedutores.
No mesmo ano do primeiro EP, 2013, veio o segundo,
“London”, trazendo mais 4 incríveis
músicas, todas inéditas e originais. Minha menos favorita, que eu também amo, é
“Change”, uma balada minimalista com
pianos e uma tímida batida de algo que parece um tambor. Outra baladinha
incrível presente no EP é “Bedroom Wall”,
com um instrumental assombrosamente relaxante, cheio de elementos oníricos e
uma batida curiosa, e a voz sensível e delicada de Jillian.
As outras duas canções do “London” são dois dos
pontos mais altos da carreira da cantora. A primeira delas é a épica “Waiting Game”, que começa lenta e vai
crescendo até cair em uma batida grandiosa com sintetizadores pesados que soam
como trilha sonora de alguma ficção científica com ares apoteóticos, e não é
que ela é mesmo? Pois é, “Waiting Game” é a música de maior sucesso de BANKS
por ter entrado na trilha sonora do filme “Divergente”. O outro ponto alto não
é apenas mais um destaque, é O maior destaque. “This Is What It Feels Like”, com sua batida sexy e a mistura de
vários sintetizadores, é a melhor música de toda a breve carreira de Jillian
Rose Banks, e eu não tenho dúvidas sobre isso.
A partir daí, BANKS já tinha um certo
reconhecimento do público, por isso, em setembro de 2014 chegava aos ouvidos do
público o seu maravilhoso álbum de estreia, coerentemente denominado de “Goddess”.
A deusa chegou chegando, trouxe quase todos os seus trabalhos anteriores e
ainda muitas outras canções inéditas, ou melhor, “hinéditas”, porque só ouvi
hinos!
“This Is What It Feels Like” está presente,
“Waiting Game” também e “Before I Ever Met You”, mesmo que na versão deluxe,
também. Além disso, ela trouxe novos hinos para chamar de seus, entre eles sua
faixa-título, uma canção forte e feminista, cheia de sobreposições na voz,
letra poderosa e uma batida urban de R&B.
Os destaques parecem ter ficado com os singles do
álbum, mas há canções não tão privilegiadas que merecem menções honrosas, como
por exemplo a poderosa balada “You
Should Know Where I’m Coming From”, a sintetizada “Alibi”, a sensual “Fuck Em
Only We Know” e, principalmente, a já citada “Goddess”, a que mais se destaca dentre os não-singles.
Como falei anteriormente, os singles são os
grandes destaques deste álbum. “Beggin
For Thread” talvez seja o menos poderoso deles, com uma batida quase pop e
um clipe sensacional (O melhor da carreira dela, confesso), é uma das canções
mais diferentes do álbum. Quem também ganhou um clipe sensacional foi a tão
sensacional quanto “Drowning”, que
traz batidas de R&B misturadas a sons um pouco experimentais e a voz
sensual da cantora entoando os versos, decepcionada com seu companheiro.
Recomendo: This Is What It Feels Like, Brain, Before I Ever Met You, Goddess e You Should Know Where I'm Coming From.
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