Depois do flop dos seus últimos álbuns, “Basic
Instinct” e “Ciara”, Ciara já estava naquela lista de cantoras que todo mundo
gosta de zoar quando falam de flop, onde também estavam Nicole Scherzinger,
Nelly Furtado e até Christina Aguilera. Mas, felizmente, Princess é persistente
e decidiu tentar novamente, com o recém-lançado álbum “Jackie”, cujo
carro-chefe é a ótima “I Bet”. Venha ver nossa linda opinião sobre ele!
Jackie
(B.M.F.) – O disco é apresentado por sua faixa título, que começa como uma power ballad com violinos e os vocais
delicados da cantora, mas não demora mais que trinta segundos para a faixa se
transformar em um hino trap twerkante totalmente diferente e nós descobrirmos
que o “B.M.F.” do título significa “Bad Motherfucker”. Com versos de rap cheios
de atitude, Ciara mostra que é uma badass
e deixa isso claro no refrão explosivo da canção, onde ela literalmente
grita que é uma bad motherfucker! Não
é legal começar o álbum já com sua melhor canção, mas Cici faz isso aqui. “Jackie”
não só é o ponto mais alto do disco como também vai figurar entre as listas de
melhores músicas do ano. Single, sim ou claro? Nota: 10/10
That’s How
I’m Feeling – Quando a tracklist foi liberada há algum tempo e vimos
Pitbull entre uma das parceria, torcemos o nariz e supomos que estava por vir
mais uma daquelas farofas genéricas que tanto fizeram sucesso em 2011-2012,
mas, felizmente, estávamos redondamente enganados. “This Is How I’m Feeling” é
uma delícia R&B-pop daquelas bem 2006, que poderia facilmente ser uma das
canções “topo de charts” ao lado de Say It Right, da Nelly Furtado, naquele
ano. Para completar o pacote, temos rap matador de Missy Elliott e letra
escrita pela hitmaker Ester Dean, nem mesmo o arroz de festa Pitbull fica
deslocado. Tem tudo para ser um hit se for escolhido como single viu, dona
Ciara? Nota: 9.0/10
Lullaby
– Seguindo a mesma linha R&B-pop da faixa anterior, mas um pouco menos
animada, “Lullaby” é sedutora e sensual e possui um refrão altamente
radiofônico, sendo perfeita para as rádios. Poderia ser single no futuro e nós
não reclamaríamos. Nota: 8.5/10
Dance Like
We’re Making Love – Diminuindo ainda mais o ritmo, chegamos à quase
baladinha R&B “Dance Like We’re Making Love”, produzida por Dr. Luke. A
canção consegue ser ainda mais sexy que a anterior, afinal, Ciara conseguiria
ser sensual cantando até “Anaconda”. “Dance Like We’re Making Love” já foi
anunciada como segundo single oficial e não foi uma escolha ruim. Nota: 7.5/10
Stuck On
You – Na quinta faixa do disco Ciara flerta com o disco, misturando o ritmo
com seu R&B sensual. A melodia criada por linhas de baixo e sintetizadores
é extremamente cativante e gostosa e “Stuck On You” é uma das melhores faixas
do disco. Nota: 8.0/10
Fly – Trazendo
uma letra libertadora e otimista, “Fly” é uma canção extremamente poderosa,
tanto pela incrível letra quanto pelo refrão poderoso (Daquelas para fechar os
olhos e dizer “porra, essa é minha música!”. O instrumental é dançante e, assim
como “This Is How I’m Feeling”, traz aquele R&B-pop nostálgico dos tempos
em que Nelly Furtado e a própria Ciara brilhavam. Nota: 9.0/10
I Bet –
Logo em seguida aparece o primeiro single do material. A faixa que abriu os
trabalhos com o “Jackie” é canção bela e delicada, onde Ciara dá uma lição em
alguém que foi infiel, mostrando que está por cima. Poderia se dizer que é uma
balada mid-tempo R&B com leves influências da trap music. Talvez não tenha
sido a escolha certa para lead-single, visto as outras músicas do disco, mas
com certeza é uma grande canção! Nota:
7.5/10
Give Me
Love – Deixando de lado o R&B, Ciara traz, em “Give Me Love”, um hino
dance-pop com um refrão potente para tocar nas mais diversas festas ao redor do
mundo. A produção é do Dr. Luke e desta vez a marca do produtor é bem mais
evidente do que nas suas outras produções no “Jackie”. Tudo tem que ser single
nesse álbum, mas esse hino tem prioridade. Nota:
9.0/10
Kiss &
Tell – O R&B está de volta e em um clima bem anos 80. “Kiss & Tell”
soa como uma versão menos animada de “Overdose”, faixa presente no álbum
anterior, “Ciara”. É uma faixa bonitinha, gostosinha, tudo “inha”. Não é um dos
destaques do disco. Nota: 5.0/10
All Good
– O pop começa a ganhar espaço mais uma vez, misturado à pegada urban já característica
da cantora. “All Good”, com seu pequeno coro e as guitarrinhas, é uma canção
perfeita para o verão, para ir à praia. Na verdade, a música é perfeita para
dançar, pular e se sentir bem, então afasta o sofá e espera o clipe com uma
coreografia. Adiciona na playlist “Quero que vire single”, por favor. Nota: 9.0/10
Only One
– Agora sim uma power ballad
mid-tempo poderosíssima, com um refrão poderoso e uma letra belíssima, além dos
vocais impecavelmente delicados de Cici! “Only One” é simplesmente grandiosa,
nada menos que isso. Nota: 8.0/10
One Woman
Army (Intro) – É aqui a Destruição Tour? A faixa que serve de introdução
para “One Woman Army” consegue ser no mínimo cinco vezes melhor que ela. Esta
música de pouco mais de 50 segundos retoma a bad motherfuckice da primeira faixa, com uma letra curta, mas cheia
de atitude, onde Ciara mostra que é uma mulher independente e poderosa. O
instrumental hip-hop/trap da canção, misturado à letra já mostrada, daria um
single pra lá de incrível. Nós esperamos que Ciara lance uma versão completa
desse hino que, mesmo com 54 segundos, consegue ser uma das melhores faixas do
disco (!). All my soldiers MARCH! Nota: 9.5/10
One Woman
Army – Agora sim chegamos à verdadeira “One Woman Army”, que é totalmente
diferente da twerkância que foi a
introdução. Aqui o R&B deixa de lado para dar espaço a uma coisa mais
dance-pop, como em “Give Me Love”. A diferença entre essa e a oitava faixa do
“Jackie” é que, ao invés de um hino dance classudo, “One Woman Army” é farofão
yoki, para tocar à exaustão nas buatchy.
Nós já estamos prevendo a escolha como single, mesmo que sejamos contra. Nota:
6.5/10
I Got You
– Soando mais com uma canção de ninar do que “Lullaby”, “I Got You” é a música
mais lenta do álbum, uma balada linda regada a um piano e um tímido violão. A
canção é também uma homenagem ao filho de Ciara e, inclusive, conta com a
participação dele (É muito amor, gente). Nós deixamos escorrer algumas lágrimas
hétero aqui. Nota: 7.0/10
Resumo
geral: Nós nunca conseguimos entender o flop que sofreu Ciara nesses
últimos anos, já que ela continua sendo uma das melhores artistas da atualidade
(Ela é uma das poucas que consegue cantar bem e dançar bem ao mesmo tempo,
aceitem haters). Seu sexto álbum de
estúdio só veio para comprovar isso. “Jackie” está cheio de hits em potencial,
mas sem soar genérico e vendido como muitos outros álbuns. Temos músicas para
chorar, para dançar, para twerkar, para cantar junto, para seduzir, para tudo!
Estamos esperançosos de que agora vai! Se não for, tem algo muito errado com a
indústria musical, porque “Jackie” tem tudo para ser um dos melhores álbuns do
ano e conseguiu manter o altíssimo nível do antecessor e de quase tudo em sua
discografia. You go, girl!
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