quinta-feira, 21 de maio de 2015

CRÍTICA: Premonição 3 (2006)




ATENÇÃO: O texto a seguir contém revelações sobre o enredo, se não assistiu ao filme, esteja ciente de que deve encontrar spoilers.

Depois de apenas dois filmes, já era evidente o desgaste da franquia “Premonição”, com praticamente a mesma história e os mesmos problemas. O terceiro filme, que veio em 2006, trouxe novamente a mesma história e repetindo os mesmos erros do original. A diferença é que “Premonição 3” não se levou a sério e por isso acaba se tornando o filme mais divertido da franquia, com personagens memoráveis e diálogos engraçados.

Wendy (Mary Elizabeth Winstead) e seus amigos estão prestes a embarcar em uma montanha-russa, quando a garota tem uma premonição de que vai acontecer um gigantesco acidente. Ela faz um escândalo, tira algumas pessoas e, em seguida, a montanha-russa realmente cai. Como deu para perceber, a história é praticamente a mesma, mas não é nisso que o filme se destaca.

Primeiramente, temos o elenco mais carismático que a série um dia pôde ter, incluindo a rainha do grito Mary Elizabeth Winstead, interpretando a melhor protagonista da série. Além dela, temos Ryan Merriman, Alexz Johnson, Kris Lemche, Chelan Simmons e Crystal Lowe, sendo estas duas últimas responsáveis por duas das personagens mais memoráveis e hilárias da série.

A cena inicial, que costuma ser uma marca registrada da franquia, não é, nem de longe, tão boa quanto a do segundo filme, mas consegue ser divertida, por se passar em um lugar onde ninguém nunca imaginou que poderia se passar: Um parque de diversões. Na verdade, o evento na montanha-russa é apenas o primeiro de dois (!) acidentes que o filme reserva, sendo que o segundo, que se passa em um metrô, é bem melhor.

A fraca cena inicial, no entanto, é compensada com as mortes... E que mortes! Os destinos finais dos personagens ficaram cada vez mais violentos desde o primeiro filme, a atingiram o ápice no terceiro. Aqui temos cabeça esmagada, triturada, perfurada por pregos e a mais que memorável cena das patricinhas torrando nas máquinas de bronzeamento artificial, que já se tornou a melhor (Ou melhores?) morte da franquia.

O roteiro sofre dos mesmos problemas dos filmes anteriores, com diálogos por vezes bobos, mas tem seus méritos, como as novas regras da morte. Agora, além dos presságios, as mortes dos personagens podem ser identificadas também por fotos tiradas na noite do acidente, uma adição bem interessante à história. Fora isso, o roteiro se mostra preguiçoso em criar ideias (Sendo “Premonição 2” o campeão em inovações), mas as mortes estão ainda mais mirabolantes e cheias de pistas do que em qualquer outro filme, nos deixando tensos e apreensivos a qualquer coisa que aparece na tela antes da morte de um personagem, o que é um ponto muito positivo.

No fim, temos uma repetição da mesma fórmula dos filmes anteriores (Que, felizmente, ainda não havia ficado cansativa), mas sem adicionar nenhum atrativo original (Talvez o detalhe das fotos, apenas). No entanto, “Premonição 3” finalmente aprendeu que não deve ser levado a série e trouxe um pouco de humor à série, além de mortes mais violentas. A franquia não é sinônimo de filmes com cara de Oscar e o que importa é a diversão, sendo assim, o troféu de melhor filme da série pode ir para “Premonição 3” com certeza.

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