quarta-feira, 15 de abril de 2015

REVIEW: Mapei - Hey Hey




Eu já falei uma vez sobre o mistério de tanto talento na Suécia, certo? Pois é, Mapei nasceu lá. Ela mora nos EUA, mas aparentemente deu tempo de beber da água mágica daquele país, porque talento a sueca/americana tem de sobra. Ela atraiu os olhares de muitas pessoas quando lançou seu single de estreia, “Don’t Wait”, que foi aclamada pela crítica por misturar estilos diferentes e contar com sua voz maravilhosa. Com isso, anunciou seu primeiro álbum e deixou ansiosos os que haviam ouvido seu single. Antes de lançar o disco, ela ainda liberou duas músicas, sendo elas “Believe” e o segundo single, “Change”. Foram meses esperando pelo trabalho, até que no fim de 2014 ele chegou. Veja nossa opinião sobre o "Hey Hey".

Don’t Wait – Aberto pelo seu carro-chefe, o álbum já inicia com o pé direito. “Don’t Wait” foi o hit responsável por dar um certo reconhecimento à Mapei, reconhecimento esse que foi extremamente merecido, já que a música não é nada menos que magnífica. Com um tímido violão sob as batidas que misturam R&B e funk carioca (!), a cantora desenrola a canção com sua voz potente, sobrando espaço até para versos de rap no final. Nota: 9.5/10

Change – Quando ouvimos a grandiosa “Change” – segundo single do disco – começar, sentimos logo seu poder nos primeiros segundos, com um instrumental sensacional regado a tambores de marcha militar. A partir daí ela começa a cantar os belos versos da canção até explodir em um refrão epicamente majestoso, onde ela clama por mais amor. Ao terminar o refrão, somos surpreendidos ainda com um maravilhoso pós-refrão, onde ela diz que todos estão esperando por uma mudança. É o tipo de faixa épica e grandiosa que, se fosse menos pop, poderia ser até trilha sonora uma série como Game Of Thrones. Nota: 10/10

Blame It On Me – Diminuindo o ritmo depois do magnífico segundo single, “Blame It On Me” chega com tambores africanos, contrastando com a letra calma, quase uma balada. O refrão é belíssimo e a faixa tem seus pontos altos, mas não sei se é porque veio depois do hino “Change” que acabou decepcionando. Nota: 5.0/10

Come On Baby – Voltando aos arranjos grandiosos, em “Come On Baby” temos um instrumental aberto por instrumentos de sopro, que em seguida são espaço para uma batidas pop com levíssimas influências trap – que chega a lembrar drum and bass – feitas para as rádios. O refrão é poderoso e o rap de Mapei no final é sensacional. Esta seria uma forte aposta para single! Nota: 8.0/10

Things You Don’t Know About – “Things You Don’t Know About” é uma das faixas mais diferente do álbum. O instrumental futurista – alienígena – com violões é curioso o bastante para prender nossa atenção até depois do primeiro refrão, onde uma batida disco permeada por um baixo nervoso é jogada, tornando a faixa energética e bem oitentista. Com certeza um dos pontos altos do álbum! Nota: 9.0/10

As 1 – “As 1” é a primeira baladinha de verdade do álbum e também muito diferente das outras canções. Aqui Mapei traz um soul suave e delicado, com curiosos sons de gotas de água no refrão. A letra é uma das mais belas e a voz da cantora está impecável, mas seu problema é estar entre duas das melhores faixas do disco, que quase a engolem. Nota: 6.0/10

Second to None – Depois da calminha música anterior, Mapei surpreende com uma faixa totalmente hip-hop, onde ela mostra sua versatilidade e entoa versos poderosos como rapper (Com destaque para os primeiros), enquanto a aura gangster sombria da canção – com direito a uma letra obscura e sons lá no fundo que lembram filmes de terror – dá o toque final à produção incrível. Nota: 9.5/10

Believe – Saindo do peso de “Second to None”, “Believe” chega para alegrar o clima, com uma letra otimista e um deliciosa instrumental pop com uma guitarra e xilofones quase oníricos – além disso, os tambores de marcha militar estão de volta, mas bem mais tímidos. Daria um belo single. Nota: 8.5/10

Step Up – Outra faixa bem radifônica e deliciosa de se ouvir, “Step Up” carrega um dos instrumentais mais dançantes, trazendo uma batida de hip-hop acelerada e guitarras e sintetizadores no refrão poderoso. Assim como “Change”, o arranjo é grandioso e seu início já denuncia que esta é uma grande canção. Nota: 8.0/10

Keep It Cool – A antepenúltima faixa do material traz uma aura angelical e bem calma, com um instrumental pop com tambores e um refrão que não explode. Infelizmente, “Keep It Cool” soa como uma filler. Nota: 5.5/10

What’s Innit 4 Me – Animando o ritmo do disco novamente, chegamos à eletrônica “What’s Innit 4 Me”, cheia de sintetizadores e gritinhos ao longo da canção, além de um refrão chiclete (What’s in it for me, what’s in it for me, for me, for me). Não tem a força da maioria das outras músicas, mas é uma boa canção. Nota: 6.5/10

Baby It’s You – A faixa que fecha o álbum – com chave de ouro, diga-se de passagem – é uma mistura de blues e R&B deliciosa, com “cha-la-las” e estalos de dedo, além de uma bonitinha letra sobre amor. É como se Amy Winehouse decidisse cantar algo mais pop do que o normal e isso nos agradou. Nota: 7.0/10

Resumo geral: “Hey Hey” é surpreendente. Não apenas por ter uma qualidade acima da média, mas por ser cheio de faixas pop e hits em potencial, como “Come On Baby” e “What’s Innit 4 Me” (Principalmente a primeira). O talento da cantora é mostrado em diversas formas, desde baladinhas melódicas (“As 1”) até faixas com rap (Como “Don’t Wait”, a já citada “Come On Baby” e, principalmente, “Second to None”, que é focada no estilo). É um trabalho muito bom para um disco de estreia, com uma mistura de estilos sem perder a identidade própria artista. Com o “Hey Hey”, Mapei tem um álbum poderoso em mãos, resta saber se ela vai saber usar esse poder ou não.

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