segunda-feira, 27 de abril de 2015

CRÍTICA: Todo Mundo em Pânico 2 (2001)




Seguindo os mesmos passos de “Pânico”, que ganhou uma continuação depois do sucesso do primeiro, “Todo Mundo em Pânico” também teve uma sequência para chamar de sua, lançada apenas um ano depois do primeiro, mas com uma história totalmente diferente e novas sátiras.

Ao invés de um assassino mascarado que assassina jovens estudantes, temos um grupo de universitários escolhidos para uma experiência sobre distúrbios do sono que são convidados para passar a noite em uma mansão assombrada por um poltergeist. A paródia principal é de “A Casa Amaldiçoada” (Na verdade, pode-se confundir com qualquer filme de casa assombrada), mas também temos momentos com sátiras a “Poltergeist”, “13 Fantasmas”, um comercial da Nike (!) e sobra até para o clássico absoluto “O Exorcista”, que é o tema da cena inicial.

O filme começa na casa assombrada – que ainda não era assombrada –, onde a anfitriã e um grupo de pessoas estão cantando ao redor do piano (Como em “O Exorcista”) e a filha da mulher, Megan, chega à sala, chama todos de nojentos e começa a urinar. Algum tempo depois, a Sra. Voorhess (Ainda não entendemos o porquê da referência a “Sexta-Feira 13”) chama um padre para exorcizar sua filha. A partir daí temos a clássica cena do exorcismo, com algumas pequenas – e hilárias – mudanças, como o festival de vômitos verdes e uma cena engraçadíssima onde a possuída diz “Sua mãe está aqui conosco, padre, quer mandar um recado? Farei com que ela receba” (Assim como Regan diz, no original) e quando pensamos que ela está falando sobre o inferno, a mãe do padre sai debaixo do lençol. Em resumo, é possível dizer que a cena de abertura de “Todo Mundo em Pânico 2” chega próximo a se igualar com a do primeiro filme.

Se não fossem as piadas, o filme poderia se passar facilmente por uma produção de terror, por causa da ótima trilha sonora, que conta até com a clássica “Tubular Bells”, de “O Exorcista”, e o clima sombrio que permanece ao longo da película, a noite parece interminável naquela casa. Mas como não podia deixar de ser, todo o clima é esmagado pelas ora extremamente engraçadas, ora forçadas.

Os novos personagens não têm nem 1/4 do carisma dos estudantes do primeiro filme, deixando essa parte para Cindy (Anna Faris), Brenda (Regina Hall), Ray (Shawn Wayans) e Shorty (Marlon Wayans), já conhecidos e amados por todos e limitando-se a serem ofuscados pelos elenco principal, nem mesmo o veterano Tim Curry consegue convencer. Na verdade, eles quase não conseguem ser engraçados, com exceção do mordomo estranho Hanson (Chris Elliott), que consegue arrancar algumas risadas graças ao grande talento de Elliott, que também é comediante.

Entre vantagens e desvantagens, o lado positivo acaba prevalecendo e “Todo Mundo em Pânico 2” é um bom filme. Não espere algo do nível do primeiro, esta segunda parte é menos inteligente e mais escrachada, soando às vezes forçada, mas dá para dar umas boas risadas, afinal, ainda tem Cindy e Brenda.

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