segunda-feira, 6 de abril de 2015

CRÍTICA: Paranorman (2012)




Sabe aqueles dias em que você resolve assistir televisão e fica simplesmente trocando de canal da forma mais aleatória possível? Foi num desses que eu conheci e me apaixonei por “ParaNorman” (“Paranormal”, entenderam? rs ), a animação da Laika, dos mesmos criadores do já amado “Coraline e o Mundo Secreto” e dirigida por Sam Fell e Chris Butler, conta a história de Norman, um garotinho de 11 anos que sofre bullying na escola e na sua cidade por ter a habilidade de ver e falar com fantasmas, mas nada do tipo macabro, os mortos que ele conhece continuam fazendo o que costumavam fazer quando eram vivos, como sua vó assistindo televisão na sala de estar e um cachorrinho que foi atropelado permanece correndo na rua.



O filme me chamou atenção desde o começo tanto pelo nome ideal e extremamente criativo como por sua classificação ser proibida para menores de 10 anos, o que já me deixou com a pulga atrás da orelha por ele ser uma animação, e, consequentemente, destinada às crianças. Outro destaque dele é ser filmado em stop motion, a primordial e cada vez mais escassa arte do cinema na qual os “bonecos” são fotografados em sequência, causando uma ilusão de óptica no telespectador.

ParaNorman me surpreendeu pelo fato de conseguir explorar diversos elementos em um só filme, a animação conseguiu reunir certo suspense e drama pela “história dentro da história” da menininha que foi morta por ser acusada de bruxaria, cenas de ação bem colocadas e precisas e até um quase  “terror” pela veracidade e detalhismo com os quais alguns zumbis aparecem em certo momento da trama.

Além disso, é notável a crítica social presente nela, desde o bullying vivenciado diariamente por algumas crianças como o melhor amigo gordinho do Norman, conflitos familiares representados pela forma como os pais dele dividem opiniões sobre como lidar com o dom do filho - o pai é radical e mãe aberta ao diálogo e até na revelação de Mitch, atlético, carismático e esportista é gay, cena que merece aplauso por apontar os julgamentos falhos da sociedade e tratar disso como apenas uma característica do personagem, e não algo que leve aos estereótipos e padrões impostos.

Contudo, o meu destaque pessoal no filme foi a provável homenagem que Butler quis fazer aos clássicos do terror desde a sua abertura, com piadas bem humoradas e cheias de citações aos mesmos, o filme traz um humor leve e divertido, piadas “internas” destinadas aos amantes do horror (assim como eu) e a capacidade de conseguir, de certa forma, ainda ser um filme “infantil” e logicamente agradar ao seu público alvo.

A animação é objetiva, “gostosa” de assistir e um ótimo passatempo que provavelmente irá agradar a todos, mais que recomendado!

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