sábado, 2 de maio de 2015

REVIEW: Ciara - Ciara




Na nossa preparação para o “Jackie”, sexto álbum de estúdio da rainha Ciara, que deve ser lançado na maioria dos países programas amanhã, 4 de maio (Mas já foi lançado pela Sony Music na Alemanha no dia 1), nós resolvemos resenhar também o injustiçado “Ciara”, de 2013.

Antes de Rihanna se tornar a máquina de hits que se tornou depois de “Umbrella”, a queridinha do R&B era Ciara, que inclusive é citada como uma das influências da diva farofeira de Barbados. Com seu single de estreia, “Goodies”, ela teve seu primeiro hit nas mãos. A partir daí foram mais sucessos e hinos maravilhosos para chamar de seus, como “1,2 Step”, “Like a Boy”, “Never Ever” e “Love, Sex Magic”, por exemplo. O inesperado aconteceu quando ela lançou seu quarto álbum de estúdio, “Basic Instinct”, em 2010, o qual flopou amargamente. Por causa disso, a gravadora decidiu deixar a divulgação um pouco de lado e Ciara pediu que fosse liberada de seu contrato. Pouco tempo depois, assinou com a Epic Records e lançou seu quinto álbum de estúdio, “Ciara”, que, infelizmente, também flopou e acabou tendo apenas dois singles, “Body Party” e “I’m Out”. Veja nossa opinião sobre este injustiçado disco.

I’m Out – A tarefa de abrir o álbum fica a cargo do segundo single “I’m Out”, um hit certeiro consumido pelo flop, um hino urban feminista perfeito para você descer até o chão quando ela tocar, como a própria Ciara manda no refrão. Para aumentar o status de destruidora da canção, ainda tem a participação de Nicki Minaj com uma das melhores performances da sua carreira. Sério, o rap de Minaj é matador e Ciara exala atitude em seus versos. É muita destruição para uma faixa só! Nota: 10/10

Sophomore – Bem menos impactante que a faixa anterior, “Sophomore” é mais R&B e menos hip-hop que “I’m Out”, além e trazer uma letra bem mais sensual, porém não melhor, que a anterior. É sexy, dançante e maravilhosa, uma faixa com o selo Ciara de qualidade! Nota: 7.5/10

Body Party – Aprofundando o clima sensual da faixa anterior, só que mais lento, “Body Party” traz, além de uma letra bem sexual, vocais sexy e delicados de Ciara, que canta sobre seu corpo ser uma festa e seu amado ser o único convidado (Aqui já tá até um pouquinho de calor). A única coisa que não entendo é o fato de ela ter sido escolhida como primeiro single do material, tendo outras faixas muito mais poderosas, como a dupla abaixo. Nota: 7.0/10

Keep On Lookin’ – AGORA SIM! O início de “Keep On Lookin’”, com um homem de sotaque jamaicano euforicamente dita a introdução, denuncia que está por vir uma produção dancehall que poderia ser do Major Lazer, mas logo depois disso é revelado que, na verdade, a faixa é um estiloso R&B/Hip-hop com batidas pesadas. Aqui, Ciara joga indiretas para os haters que nunca acreditaram em seu potencial, alternando entre partes melódicas e versos de rap. Uma das melhores faixas do disco sem dúvida alguma, deveria ter sido single e ganhado um clipe destruidor, como a letra pede. Só lamentamos o desperdício desse hino. Nota: 10/10

Read My Lips – O primeiro suspiro pop acontece na quinta faixa, a quase tão destruidora quanto “Keep On Lookin’”, “Read My Lips”, que traz um R&B bem gostosinho e alegre, com direito até a “la la las” para deixar a música catchy e pop. Tem cara de single, mas não foi, porque Ciara resolveu desperdiçá-la como a obra-prima acima. Nota: 9.5/10

Where You Go – Depois das letras sensuais de “Sophomore”, “Body Party” e até “Read My Lips”, Ciara fala sobre amor de uma forma bem mais leve e apaixonada. Para ajudar no clima amoroso da canção, a participação agora é com seu ex-noivo (Noivo na época) Future. Resumindo, “Where You Go” tem uma das melhores letras e um clima alegre e gostoso. Nota: 7.5/10

Super Turnt Up – A sétima canção do “Ciara” é uma parceria com... Ciara! Nós achamos super legal. A canção traz de volta o fator radiofônico de “Read My Lips”, mas um pouco menos pop, e teria um desempenho interessante como single. Você deve estar se perguntando o porquê de ser uma parceria com ela mesmo, certo? Eu explico. “Super Turnt Up” traz versos cantados (Com um refrão incrível, inclusive) e no final, Ciara ataca de rapper (Sim, rapper! E de verdade, não como em “Keep On Lookin’”). O resultado é sensacional. Nota: 9.0/10

DUI – Diminuindo o ritmo, “DUI” traz um R&B calmo e muito agradável de se ouvir. A letra fica no meio termo entre a sexual de “Body Party” e a calmaria apaixonada de “Where You Go”, mas “DUI” consegue ser ainda melhor que as duas. Nota: 8.5/10

Livin’ It Up – O clima volta a ficar animado em “Livin’ It Up”, segunda parceria com Nicki Minaj do álbum. Longe da grandiosidade urban de “I’m Out”, aqui o clima é bem tropical, quase praiano (Super imaginamos um clipe gravado no Caribe), e com um refrão extremamente pegajoso, tornando esta uma das faixas mais comerciais do disco. Minaj não está tão bem quanto na parceria anterior, mas o resultado é muitíssimo além de satisfatório. Nota: 8.0/10

Overdose – A canção que fecha o álbum – e com chave de ouro – é “Overdose”, e se pudéssemos compará-la a outras faixas de cantoras pop as comparações seriam com “Dance In The Dark”, da Lady Gaga, e “Peacock”, da Katy Perry. O que estas faixas têm em comum? Todas elas não foram single (“Overdose” chegou a ser anunciada, mas logo foi deixada de lado), mas acabaram sendo umas das favoritas entre os fãs e entraram para a lista de boas músicas desperdiçadas. Na verdade, “Overdose” é a única com cujo status de hino desperdiçado eu concordo. A faixa de Ciara deixa um pouco de lado o R&B e parte para um urban-pop mais eletrônico, com direito até a refrão matador e repetições pegajosas (“Don’t let, don’t let, don’t let, don’t let go”). Se não tivesse sido abandonada como foi, poderia ter sido a salvação para o flop do disco. Nota: 9.5/10

Resumo geral: Ciara chega ao seu quinto álbum de estúdio, mas ainda consegue nos surpreender, com músicas sensuais e cheias de atitude como ela sempre fez. O flop que vem consumindo seus trabalhos é absolutamente injusto e nós nem mesmo conseguimos entender. “Ciara”, como o próprio nome já denuncia, é um trabalho que reúne influências de tudo o que ela já fez e pretende fazer, R&B de qualidade e flertes com o hip-hop. Ela pode ter saído da elite de divas que hitam horrores por aí, onde estão Rihanna e Beyoncé, por exemplo, mas sempre será um dos ícones do R&B feminino e não é o flop dos seus álbuns que vai mudar isso.

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