quinta-feira, 2 de abril de 2015

REVIEW: Kat Dahlia - My Garden




Kat Dahlia quase nos matou de ansiedade para lançar seu álbum de estreia, o “My Garden”. Foram várias datas de lançamento até o álbum ser lançado. O resultado chegou até os ouvidos dos fãs e da crítica especializada há poucos meses e ele foi extremamente positivo. Kat fez uma mistura de estilos e ritmos combinados à letras com conteúdo. A nossa impressão sobre o álbum você confere abaixo.

My Garden – O álbum abre com a poderosa “My Garden”, onde Kat Dahlia nos apresenta o jardim dela, com um refrão potente e versos ágeis. Com sua voz rasgada ela pede para que deixem-na usar a coroa. Esta faixa serve para mostrar que ela deseja seu lugar ao sol e tem atitude e força para conseguir isso. Recado dado! Nota: 8.5/10

Gangsta – O piano que inicia a canção já avisa: “Gangsta” é séria, obscura e sincera. Aqui Dahlia relata sua vida e infância conturbadas, contando que não tem ajuda de ninguém e precisa fazer tudo sozinha. O desgosto da cantora é impresso em sua voz, isso é possível perceber em versos mais profundos onde sua voz parece mais agressiva. Agressiva, essa é a palavra que define “Gangsta”, uma das melhores canções do álbum. Nota: 10/10

Crazy – Depois do peso de “Gangsta”, precisávamos de algo mais leve. “Crazy” tem esse efeito. É uma canção propriamente pop, com uma letra sobre amor. Foi um dos singles, lançado com a tentativa de atrair a atenção do povo mainstream, o que não deu muito certo. Não se preocupe, Kat, quem sai perdendo são eles. Nota: 7.5/10

Saturday Sunday – Se não fosse pela letra meio polêmica, essa canção seria a escolha certeira para ser lançada como single no lugar de “Crazy” – Na verdade ainda é, pode lançar viu querida? “Saturday Sunday” poderia facilmente se passar como uma música nova da Rihanna. É radiofônica no ponto certo, com um refrão delicioso e versos poderosos (As repetições de alguns palavras com “eh eh eh” e “oh oh oh” são um charme da canção). A letra é um dos destaques. Nela, a rapper fica confusa sobre ser sábado (dia de farrear) ou domingo (dia de rezar) e acaba indo parar na igreja bêbada, usando os mesmos lábios em que bebe para rezar (Poppin' shots down the same lips that I pray). Nota: 9.5/10

I Think I’m In Love – Kat está apaixonada novamente, mas aqui ela ainda tem dúvidas. O rap foderoso da rapper/cantora dá espaço para versos melódicos e um refrão potente, digno de baladas da Sia. Abraça sua namorada/namorado/travesseiro e vem cantar com a gente! Nota: 8.5/10

Tumbao – Olha o poder dessa mulher gente! Em “Tumbao”, a cantora vem para reforçar suas raízes latinas, por isso a faixa é cantada na maior parte do tempo em espanhol. A canção já começa com ela dizendo que não está pisando no chão e sim PISANDO no chão, dá pra perceber o poder? Como se não bastasse a letra do tipo “ninguém vai me derrubar porque eu vim de onde eu vim”, a música conta com uma das melhores performances vocais da rapper (Destaque para os últimos segundos da canção), que consegue dar vários efeitos à sua voz ao longo da faixa. O instrumental trap produzido pelo incrível Redwine (de “2 On” da Tinashe e “Loud” da Gia) é outro ponto a elogiar na melhor faixa do álbum, ao lado de “Gangsta”. Nota: 10/10

Mirror – A sexta faixa do álbum é mais uma power ballad com uma grande potência, onde Dahlia fala sobre alguém que, assim como ela, tem “monstros” para enfrentar e sugere que os dois fiquem juntos para ajudar um ao outro, afinal, nas palavras dela, um é como o reflexo do outro. Linda. Nota: 8.0/10

Lava – O clima esquentou! “Lava” é uma canção sexy e diferente de todo o álbum. A faixa é uma mistura envolvente de R&B e soul, e é como se pudéssemos ouvir uma nova música de Amy Winehouse aqui. Nota: 7.0/10

Walk On Water – O instrumental hip-hop volta a sobressair, mas acompanhado de um sample da música “Time”, do alemão Hans Zimmer, mais conhecida por estar presente na trilha sonora de “Inception”. “Walk On Water” é uma canção libertadora e deliciosa de se ouvir. Nota: 7.5/10

Clocks – Uma das canções mais fortes de todo álbum, Em “Clocks” Kat Dahlia mostra atitude e o poder da sua voz, entoando versos da canção com uma voz única e feroz, acalmando os nervos no refrão que fica na cabeça depois de um tempo. Nota: 8.5/10

Just Another Dude – Para se despedir do álbum, dê adeus ao hip-hop, pop ou o R&B/soul visto em “Lava” e veja a rapper cantar uma música acompanhada apenas de um violão. A faixa é realmente uma surpresa, mas só se destaca por ser diferente das outras. Nota: 6.0/10

Resumo geral: As comparações com Rihanna são inevitáveis, já que o sotaque é parecido e a voz também – Apesar de Kat ter uma bem mais potente. Em “My Garden”, Dahlia mostra o quão versátil pode ser, indo de uma faixa hip-hop a uma canção acústica no mesmo álbum. Seu disco de estreia é uma deliciosas mistura de estilos que já avisam: Ela tem potencial para se tornar alguém grande no meio pop, hip-hop, o que for, ela manda bem em qualquer estilo!


←  Anterior Proxima  → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...