Kat Dahlia quase nos matou de ansiedade para lançar seu
álbum de estreia, o “My Garden”. Foram várias datas de lançamento até o álbum
ser lançado. O resultado chegou até os ouvidos dos fãs e da crítica
especializada há poucos meses e ele foi extremamente positivo. Kat
fez uma mistura de estilos e ritmos combinados à letras com conteúdo. A nossa
impressão sobre o álbum você confere abaixo.
My Garden –
O álbum abre com a poderosa “My Garden”, onde Kat Dahlia nos apresenta o jardim
dela, com um refrão potente e versos ágeis. Com sua voz rasgada ela pede para
que deixem-na usar a coroa. Esta faixa serve para mostrar que ela deseja seu
lugar ao sol e tem atitude e força para conseguir isso. Recado dado! Nota: 8.5/10
Gangsta
– O piano que inicia a canção já avisa: “Gangsta” é séria, obscura e sincera.
Aqui Dahlia relata sua vida e infância conturbadas, contando que não tem ajuda
de ninguém e precisa fazer tudo sozinha. O desgosto da cantora é impresso em
sua voz, isso é possível perceber em versos mais profundos onde sua voz parece
mais agressiva. Agressiva, essa é a palavra que define “Gangsta”, uma das
melhores canções do álbum. Nota: 10/10
Crazy –
Depois do peso de “Gangsta”, precisávamos de algo mais leve. “Crazy” tem esse
efeito. É uma canção propriamente pop, com uma letra sobre amor. Foi um dos
singles, lançado com a tentativa de atrair a atenção do povo mainstream, o que
não deu muito certo. Não se preocupe, Kat, quem sai perdendo são eles. Nota: 7.5/10
Saturday
Sunday – Se não fosse pela letra meio polêmica, essa canção seria a escolha
certeira para ser lançada como single no lugar de “Crazy” – Na verdade ainda é,
pode lançar viu querida? “Saturday Sunday” poderia facilmente se passar como
uma música nova da Rihanna. É radiofônica no ponto certo, com um refrão
delicioso e versos poderosos (As repetições de alguns palavras com “eh eh eh” e
“oh oh oh” são um charme da canção). A letra é um dos destaques. Nela, a rapper
fica confusa sobre ser sábado (dia de farrear) ou domingo (dia de rezar) e
acaba indo parar na igreja bêbada, usando os mesmos lábios em que bebe para
rezar (Poppin' shots down the same lips
that I pray). Nota: 9.5/10
I Think I’m
In Love – Kat está apaixonada novamente, mas aqui ela ainda tem dúvidas. O
rap foderoso da rapper/cantora dá espaço para versos melódicos e um refrão
potente, digno de baladas da Sia. Abraça sua namorada/namorado/travesseiro e
vem cantar com a gente! Nota: 8.5/10
Tumbao
– Olha o poder dessa mulher gente! Em “Tumbao”, a cantora vem para reforçar
suas raízes latinas, por isso a faixa é cantada na maior parte do tempo em
espanhol. A canção já começa com ela dizendo que não está pisando no chão e sim
PISANDO no chão, dá pra perceber o poder? Como se não bastasse a letra do tipo “ninguém
vai me derrubar porque eu vim de onde eu vim”, a música conta com uma das
melhores performances vocais da rapper (Destaque para os últimos segundos da
canção), que consegue dar vários efeitos à sua voz ao longo da faixa. O
instrumental trap produzido pelo incrível Redwine (de “2 On” da Tinashe e
“Loud” da Gia) é outro ponto a elogiar na melhor faixa do álbum, ao lado de
“Gangsta”. Nota: 10/10
Mirror
– A sexta faixa do álbum é mais uma power
ballad com uma grande potência, onde Dahlia fala sobre alguém que, assim como
ela, tem “monstros” para enfrentar e sugere que os dois fiquem juntos para
ajudar um ao outro, afinal, nas palavras dela, um é como o reflexo do outro.
Linda. Nota: 8.0/10
Lava –
O clima esquentou! “Lava” é uma canção sexy e diferente de todo o álbum. A
faixa é uma mistura envolvente de R&B e soul, e é como se pudéssemos ouvir
uma nova música de Amy Winehouse aqui. Nota:
7.0/10
Walk On
Water – O instrumental hip-hop volta a sobressair, mas acompanhado de um
sample da música “Time”, do alemão Hans Zimmer, mais conhecida por estar
presente na trilha sonora de “Inception”. “Walk On Water” é uma canção
libertadora e deliciosa de se ouvir. Nota:
7.5/10
Clocks
– Uma das canções mais fortes de todo álbum, Em “Clocks” Kat Dahlia mostra
atitude e o poder da sua voz, entoando versos da canção com uma voz única e
feroz, acalmando os nervos no refrão que fica na cabeça depois de um tempo. Nota: 8.5/10
Just
Another Dude – Para se despedir do álbum, dê adeus ao hip-hop, pop ou o
R&B/soul visto em “Lava” e veja a rapper cantar uma música acompanhada
apenas de um violão. A faixa é realmente uma surpresa, mas só se destaca por
ser diferente das outras. Nota: 6.0/10
Resumo
geral: As comparações com Rihanna são inevitáveis, já que o sotaque é
parecido e a voz também – Apesar de Kat ter uma bem mais potente. Em “My
Garden”, Dahlia mostra o quão versátil pode ser, indo de uma faixa hip-hop a
uma canção acústica no mesmo álbum. Seu disco de estreia é uma deliciosas
mistura de estilos que já avisam: Ela tem potencial para se tornar alguém
grande no meio pop, hip-hop, o que for, ela manda bem em qualquer estilo!
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