CRÍTICA: Todo Mundo em Pânico 5 (2013)

Normalmente, uma franquia muito grande tende a sofrer um desgaste e ficar pior a cada filme, mas, felizmente, a série “Todo Mundo em Pânico” não seguiu o padrão e conseguiu manter uma boa qualidade por quatro filmes, até cair no fundo de um buraco cheio de merda (Desculpa o palavreado) com o quinto filme.

A primeira novidade que chocou os fãs e nos fez torcer o nariz foi a notícia de que Cindy (Anna Faris) e Brenda (Regina Hall) não retornariam. Como conseguiriam fazer um filme da série sem as duas estrelas principais? Talvez a nova parte da franquia pudesse ser salva por outros personagens, como Mahalik (Anthony Anderson), CJ (Kevin Hart) ou o presidente (Leslie Nielsen), mas eles também não aparecem. Na verdade, “Todo Mundo em Pânico 5” não traz de volta nenhum personagem da franquia, absolutamente nenhum. Charlie Sheen e Simon Rex até retornam, mas interpretando personagens diferentes, o primeiro faz uma participação na péssima cena inicial e o segundo é um dos protagonistas.

Por citar a cena inicial, vamos falar dela. A abertura do quinto filme traz Charlie Sheen e Lindsay Lohan como um casal prestes a fazer sexo e são assombrados por um fantasma. A cena é ridícula e mal feita do início ao fim, com atuações ruins e um roteiro pior ainda, cheio de exageros e apelações para fazer o espectador rir à força, que não dão certo. Logo em seguida, temos mais uma “cena inicial”, em que dois amigos, interpretados pelos rappers Snoop Dogg e Mac Miller, se deparam com uma cabana no meio da floresta e lá encontram duas crianças. A cena é tão ridícula quanto a primeira, com diálogos imbecis e atuações ainda piores.

Passadas as torturantes cenas iniciais, somos apresentados à protagonista Jody (Ashley Tisdale) em uma das poucas cenas divertidas do filme, onde ela faz um teste de gravidez, mas ao invés de usar o objeto apropriado, ela prefere utilizar um aplicativo para smartphone. Depois disso, ela e seu companheiro, Dan (Simon Rex), visitam as duas garotas do início e nós descobrimos que elas são sobrinhas deles. É neste momento que fica explícito: A paródia central é de “Mama”. Logo depois, percebemos as outras sátiras. Tem “Atividade Paranormal 2”, “A Morte do Demônio” e até “Cisne Negro”.

O filme, ao longo de uma hora e meia, consegue nos entupir de piadas estúpidas e de extremo mal gosto, apelando quase sempre para forçados tombos ou acidentes “engraçados” para nos fazer rir. A direção não é boa, muito pelo contrário, mas o roteiro consegue ser ainda pior, gerando um sentimento de ódio de quem escreveu aquela porcaria.

Com a saída de Anna Faris e Regina Hall, o elenco se tornou fraquíssimo. Simon Rex nunca foi um dos pontos fortes da franquia, mas aqui está ridiculamente ruim. Os famosos não-atores convidados para participar, como Mac Miller, Snoop Dogg e Usher só pioram as coisas e sobra para Ashley Tisdale, a única com uma performance realmente boa no filme. A atriz não é nenhuma Anna Faris, mas consegue ter um desempenho bem satisfatório em meio a tanta mediocridade.

Provavelmente “Todo Mundo em Pânico 5” não terá uma continuação, não só pela péssima recepção por parte do público, mas também por ter conseguido a pior bilheteria. Se isso acontecer, sentiremos falta de Cindy, Brenda, Mahalik, CJ e os outros, mas, olhando pelo lado bom, evitariam mais uma bomba como essa (Já que Anna Faris e Regina Hall não voltariam para uma sexta parte mesmo). Está na hora, deixem a franquia descansar.