quarta-feira, 15 de abril de 2015

CRÍTICA: Cinderela (2015)




Um dos maiores riscos de se adaptar um conto de fadas é o fato de todo mundo já o conhecer/amar, e muitas vezes a nova roupagem conferida a eles não agradam ou ficam abaixo do esperado pelo público e pela crítica. E foi correndo esse risco que após o sucesso de "Alice no país das maravilhas", a Disney resolveu adaptar também o clássico "Cinderela".

Para quem não conhece ou não lembra, "Cinderela" conta a história da órfã maltratada pela madrasta e suas duas filhas que a impedem de ir ao baile do reino, mas acaba encontrando uma fada madrinha que a transforma numa verdadeira princesa com direito até a carruagem, possibilitando-a ir ao baile contanto que volte até meia-noite, pois nessa hora o feitiço será quebrado. No baile, ela conhece, dança e se apaixona pelo príncipe, contudo quando o relógio aponta meia-noite ela volta às pressas, perdendo um dos seus sapatos de cristal.

AVISO: Os parágrafos a seguir podem conter revelações importantes sobre o filme, se você ainda não assistiu, esteja ciente de que pode encontrar spoilers!

Nas mãos de Kenneth Branagh e com roteiro de Chris Weitz, o filme é apaixonante desde o começo pois logo após os trailers somos agraciados com o curta "Frozen: Febre congelante" o que já me deixou ainda mais ansioso para "Frozen 2" e com um sorriso nos lábios antes mesmo de o filme começar. E esse mesmo sorriso não ficou pra trás nas cenas inicias do live-action, mostrando um lado até então não muito explorando do conto, com figurinos e cenários extremamente cativantes e fiéis a ele, somos transportados à infância feliz da Ella (Lily James) antes de sua mãe (Hayley Atwell) falecer, tudo muito amor.

Outro lado explorado do filme e que me chamou atenção foram as cenas de "humanidade" da madrasta, logo no começo ela ouve uma conversa da Cinderela com o pai e isso a causa certa emoção, mas não esperem nenhuma mudança radical como em "Malévola", aqui a madrasta malvada (Cate Blanchett) ainda é a madrasta malvada e vai infernizar a vida da mocinha ao longo da trama, porém em uma cena ou outra ela se mostra emotiva e no desfecho do filme temos até o seu desabafo carregado de dor (Cate arrasando como sempre!)

Mesmo com uma diferença aqui e ali, por exemplo a princesa conhecer o príncipe (Richard Madden) antes do baile e a fada madrinha se apresentar primeiramente como uma velhinha faminta, tudo é muito fiel à nossa amada história de infância, desde o já citado figurino à trilha sonora extremamente bem colocada e inclusive na cena de dança no baile esses dois se unem e chegam ao seu ápice constituindo-se numa cena linda, emocionante e que teve o meu destaque durante o filme.

O elenco é bem colocado, Lily conseguiu segurar bem a protagonista e a madrasta faz jus a ser uma bitch (as risadas dela são maravilhosas!), no geral considero "Cinderela" o típico filme família, parece-me que a Disney tentou a máxima fidelidade ao conto sem querer arriscar demais e deu certo, não é um filme extraordinário ou que vai te fazer sair do cinema com aquela sensação de êxtase, mas tudo funciona muito bem por aqui: Efeitos especiais na medida certa, figurino e trilha sonora excelentes, além de um belo elenco, "Cinderela" é um ótimo passatempo.



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Um comentário:

  1. Me parece muito interessante os filmes por que são muito interessantes, podemos encontrar de diferentes gêneros. De forma interessante, o criador optou por inserir uma cena de abertura com personagens novos, o que acaba sendo um choque para o espectador, que esperava reencontrar de cara as queridas crianças. Desde que vi o elenco de Cinderela imaginei que seria uma grande produção, já que tem a participação de atores muito reconhecidos, pessoalmente eu irei ver por causo do atriz Lily James, uma atriz muito comprometida. Eu a vi recentemente em um dos melhores Filmes de Ação 2017, acho que é uma opção que vale a pena ver.

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