O anúncio da parceria entre Skrillex e Diplo em um
álbum sob o nome Jack Ü me deixou curioso e animado. Era muito difícil dar
errado, já que os dois nomes envolvidos são competentes. O resultado saiu no início de 2015, com o primeiro álbum da dupla, que, sinceramente, espero não ser o
último.
Don’t Do
Drugs Just Take Some Jack Ü – A faixa que abre o álbum nada mais é que uma
introdução falada, onde somos avisados sobre a viagem psicodélica que está por
vir nas próximas faixas. Eu sou totalmente contra esse tipo de faixa, pois não
servem para nada, sem falar que o disco já é bem curto e eles ainda colocam
isso? Puta falta de sacanagem pra quem viu a tracklist e pensou que isso ia ser
uma mega ultra banger para se acabar
na night, nem precisa ser avaliada.
Beats
Knockin’ – Agora sim a primeira canção de verdade do material, e que faixa!
A parceria é com Fly Boy Keno, que muito lembra o recentemente falecido rapper
Nicky Da B, o qual já havia trabalhado com Diplo no hino “Express Yourself”. A canção
por si só já é uma bagunça elétrica parecida com o hit solo do DJ, com batidas
frenéticas e drops que não dão descanso em nenhum momento dos quase três
minutos da música. Skrillex claramente influenciou muito pouco aqui, dá pra
sentir muito bem a vibe Diplo na faixa. Nota:
7.0/10
Take Ü
There – Sem deixar a peteca cair, a próxima faixa é a já conhecida e amada
“Take Ü There”, com participação da nossa querida Kiesza. A música traz os vocais
poderosos da cantora em um instrumental inicialmente calmo, que culmina em um
dos drops mais insanos da carreira de ambos os DJs que formam o Jack Ü. À
primeira vista foi uma faixa esquisita, mas da segunda ouvida já não era
possível parar de ouvir. Nota: 9.0/10
Febreze
– Esse hino trap alucinante já começa com um instrumental extremamente
viciante, carregando uma deliciosa vibe meio árabe. Em seguida o rapper 2
Chainz começa a cantar o refrão, onde ele diz que é “a merda” e deveria ter
Febreze em cima dele (Ao que parece, Febreze é um produto para perfumar a
casa), um trocadilho infame, já que “the shit” também pode significar algo como
“o fodão”. Seja como for, a letra é uma merda (risos), mas a música ainda é uma
das melhores faixas, afinal, você não ouve Jack Ü esperando filosofias de vida,
né? Nota: 8.5/10
To Ü – AlunaFuckingGeorge
em uma faixa trap do Diplo e Skrillex! É praticamente um sonho se tornando
realidade. Essa inesperada parceria tem uma das poucas letras interessantes do
álbum, falando sobre ela ter deixado um cara e agora querer voltar para ele.
Nada muito elaborado, mas já é um lucro considerando a outras letras farofas do
disco. Mas como sabemos que o foco do material não é esse, vamos olhar pelo
lado “bate-bunda no asfalto”, e nessa parte a faixa não decepciona, soando como
um hino pronto para as pistas. Nota:
8.5/10
Jungle Bae
– Deixando o trap e o dubstep de lado, “Jungle Bae” traz o dancehall/moombahton
bem característico de Diplo e seu outro projeto, o Major Lazer. As batidas
frenéticas são acompanhadas pelos vocais de Bunji Garlin, que canta a faixa com
um sotaque peculiar e divertido. Já dá pra imaginar a galera suada pulando e
gritando junto com Diplo e Skrillex quando tocarem essa música. Nota: 6.0/10
Mind –
Ao lado de “To Ü”, “Mind” é um dos ápices líricos do disco, com uma letra delicada
e os vocais sensuais da novata Kai, que aparece sambando mais uma vez em uma
faixa de Diplo, já tendo mostrado seu potencial no hino “Revolution” (Ainda
estamos esperando essa linda botar a cara no sol com um EP ou álbum). O
instrumental borbulhante (Borbulhante?) tem cara de Diplo, com os sons
característicos de suas músicas, e a música ainda conta ainda com os vocais de
Skrillex (!) no refrão, é pra glorificar de pé, irmãos! Nota: 10/10
Holla Out
– Depois de acalmar os nervos com “Mind”, voltamos à psicodelia com “Holla Out”
e seus drops frenéticos. A faixa uma bagunça de instrumentais “dubstrap”
(Acabei de inventar o nome) daquelas de não deixar ninguém parado quando toca. Nota: 6.5/10
Where Are Ü
Now – Sem dúvidas a faixa mais pop do álbum, “Where Are Ü Now” conta com os
vocais de ninguém menos que Justin Bieber. Eu odeio o Bieber, mas preciso
admitir que esta canção é realmente muito boa. A música tem o mesmo efeito de
“Take Ü There” à primeira vista, soando um pouco esquisita, mas isso logo passa
e você começa a amá-la. Nota: 7.5/10
Take Ü
There (Remix) – E por falar no hit, a última canção do disco é um remix do
carro-chefe. Se há uma coisa tão rara quanto o alinhamento dos planetas no
sistema solar, essa coisa é um remix que supera o original. Aconteceu
novamente! Missy Elliot conseguiu melhorar algo que já era maravilhoso, dando
um novo fôlego para a canção com suas rimas ágeis. Já queremos como novo hino
nacional. Nota: 9.5/10
Resumo
geral: A junção de dois dos melhores DJs e produtores da atualidade não
poderia resultar em algo menos que incrível. “Jack Ü” foi um projeto que deu
muito certo e a prova disso é o álbum se estreia da dupla, cheio de faixas energéticas
e colaborações de peso. Se há um ponto negativo no material é a duração,
“Skrillex And Diplo Present Jack Ü” é um álbum muito curto, mas isso até que colaborou
para que não houvesse músicas ruins. Já esperamos desde já o segundo álbum.
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