David Guetta é um dos primeiros nomes que vêm à
cabeça quando falamos em música eletrônica. Com 13 anos de carreira e muitos
hits em mãos, ele sempre foi referência no assunto DJs e produtores. Seu último
trabalho foi o maravilhoso “Nothing But The Beat”, que até ganhou uma versão
2.0, de lá ele extraiu inúmeros singles de sucesso como “Turn Me On”, “Without
You”, “Where Dem Girls At” e o smash hit “Titanium”, então já tinha um terreno
preparado quando se preparou para lançar o novo álbum. Ninguém NÃO sabia quem
era David Guetta, então seria fácil conseguir sucesso novamente, a única coisa
que ele precisava fazer era surpreender. Confira nossa opinião sobre o “Listen”.
Dangerous
– A faixa que abre o álbum e também o segundo single do material é um choque e
tanto. O estilo da canção é a última coisa que você esperaria ouvir de Guetta.
O DJ francês deixa de lado o EDM e vem com batidas mais orgânicas (Lembrando um
pouco Daft Punk), regadas por um piano melódico. A voz poderosa de Sam Martin
dá o toque final à faixa. Nota: 7.5/10
What I Did
For Love – Diminuindo o ritmo, “What I Did For Love” traz a participação de
Emeli Sandé e um instrumental que só explode depois do primeiro refrão. A
faixa, apesar de não ter merecido, foi o quinto single do disco. As batidas
influenciadas pelo house dos anos 90 combinam perfeitamente com a voz da
cantora e os pianos que percorrem a produção, mas não é um dos destaques do
álbum. Nota: 6.5/10
No Money No
Love – A terceira faixa é uma inusitada parceria com a sueca Elliphant,
além de trazer também Ms. Dynamite (Que trabalhou com Major Lazer em “Sweat”).
É impressionante como Guetta conseguiu unir os estilos de todas e deixar a
faixa a cara de um. Tem EDM pesada, dubstep e até um tímido reggae. A ralação
de ppk no chão vai ser grande quando essa música tocar! Nota: 8.5/10
Lovers On
The Sun – Sam Martin volta aparecer, agora no primeiro single matador do
disco. “Lovers On The Sun” começa com uma guitarra nervosa que logo se junta
aos vocais impecáveis do cantor. Mas é no refrão de cantar junto que a música
explode e Martin mostra o poder de sua voz. Ainda há espaço para um drop
gostosinho com cara de Avicii – que, inclusive, é um dos produtores da faixa.
Grande single! Nota: 9.5/10
Goodbye
Friend – De longe a mais injustiçada do álbum, “Goodbye Friend” tem uma
letra simples, mas funcional, além de um refrão muito, mas muito poderoso –
Bota poderoso nisso, dá vontade de sair correndo pela rua à noite durante uma
tempestade e gritar “eu te amo” para o mundo! Muitos a consideram simples
demais, mas isso só a torna mais perfeita. Com certeza uma das melhores faixas
do disco. Linda, poderosa e até funciona nas baladas. Onde é que tá o problema
desse hino? Não consigo enxergar! Nota:
10/10
Lift Me Up –
Não sei se é porque a faixa está entre duas das melhores do disco, mas “Lift Me
Up” parece bem fraca perto das restantes. Com batidas mais aceleradas do que a
faixa (obra-prima) anterior, ela possui um refrão fraco (Que enjoa antes de a
música acabar) e as batidas parecem mal acabadas. Nota: 4.0/10
Listen
– Acalmando os nervos, a faixa-título, com participação do sempre competente
John Legend, segue a mesma fórmula do hino “Goodbye Friend” ao trazer um
desenvolvimento lento e melódico até chegar ao maravilhoso refrão que cresce
até culminar na deliciosa batida. Nota:
8.5/10
Bang My
Head – E por falar em seguir fórmula, “Bang My Head”, uma das parcerias com
a cantora Sia parece uma continuação dos hits “Titanium” e “She Wolf”, mas isso
passa longe de ser algo ruim, já que as outras duas participações entre ela e
Guetta eram grandes canções. Que venham mais parcerias entre esses dois (Sinto
um “JLo + Pitbull 2.0”, mas sem a farofada) porque tá pouco! Nota: 8.0/10
Yesterday
– Tenho que admitir, “Yesterday” era a faixa que eu mais esperava desde que a
tracklist foi anunciada, pois traz a participação da minha queridíssima Bebe
Rexha. Felizmente não fui decepcionado, pois a faixa é uma das melhores do
disco. Os vocais estão impecáveis como sempre foram e o instrumental meio
country aviciinesco cheio de violões bem caipiras é incrível. A rainha tá
chegando no mainstream, se preparem! Nota:
10/10
Hey Mama –
Uma das mais radiofônicas do álbum, “Hey Mama” chega com Nicki Minaj liberando
o twerk. A faixa é o novo single de Guetta e a escolha não poderia ser melhor,
pois além das batidas trap/dubstep que são a febre do momento, a canção ainda
traz um refrão grandioso interpretado pela deusa Bebe Rexha que, curiosamente,
não foi creditada no título. Nota:
7.5/10
Sun Goes
Down – O reggae volta a aparecer, mas de uma forma bem mais evidente do que
em “No Money No Love”. A parceria desta vez é com a banda MAGIC! e Sonny
Wilson, o que justifica a pegada reggae da canção, já que os primeiros são os
donos do hit “Rude”. Não demora muito para a marca de David Guetta entrarem em
ação e ele nos presentear com um drop matador, um dos melhores até agora. Nota: 7.0/10
S.T.O.P. –
Essa música deixa claro desde cedo que é uma filler bem ruim. As batidas são ruins, a letra não é lá essas
coisas e “S.T.O.P.” não tem nenhum ponto alto, sendo uma das poucas faixas que
eu passaria direto antes de começar. Nota:
3.5/10
I’ll Keep
Loving You – Birdy e James Young são perfeitos para um dueto, e a música é
realmente linda, mas não deveria estar em um álbum do David Guetta. As batidas
de “I’ll Keep Loving You” soam desconexas do resto, como se isso fosse um
mashup não muito bom. Ficaria muito melhor em uma versão acústica. Nota: 5.5/10
The
Whisperer – O que acontece nesta faixa, mais uma parceria com a Sia, é o
mesmo que aconteceu com Calvin Harris e a música “Ecstasy” do seu álbum
“Motion”, ou seja, uma belíssima balada. What
the Fuck? Pois é, nada de elementos eletrônicos, em “The Whisperer” há
apenas um piano acompanhando o vozeirão de Sia. Você ouve a canção esperando
uma mega batida dançante no meio, mas não tem, e esta é a maior surpresa do álbum:
David Guetta, um DJ, lançando uma balada regada a um piano. Somente. Nota: 8.0/10
Bad –
Abrindo a versão deluxe, temos a fantástica “Bad”. Lançada como segundo álbum
do disco, ela traz os vocais cheios de efeitos da cantora Vassy (O que, na
verdade, acaba sendo um charme da canção) e uma batida alucinante para fazer
qualquer bunda ralar no chão assim que ela começa a tocar. A única coisa que
nos perguntamos é o que essa maravilha está fazendo escondida na versão deluxe
do álbum? Nota: 8.5/10
Rise – Novamente
saindo um pouco do EDM, Guetta traz algo mais pop em mais uma faixa incrível
que, infelizmente, jaz escondida na versão deluxe do “Listen”. A voz de Skylar,
que aqui soa suja e sexy, casa mais que perfeitamente com o instrumental que
mistura batidas pop com um baixo (ou seria guitarra?) nervoso. Nota: 8.0/10
Shot Me
Down – Repetindo a parceria com Skylar Grey, Guetta deixa para o final o
primeiro single do álbum, regravação do clássico de Cher, que ficou perfeito na
voz de Grey. As batidas são de difícil digestão, mas depois de ouvir algumas
vezes, é difícil parar de escutar a canção. “Shot Me Down” é mais uma faixa
injustiçada na versão deluxe que poderia facilmente, junto das outras duas,
substituir outras da versão normal. Nota:
7.5/10
Resumo
geral: Ele conseguiu! “Listen” é um álbum surpreendente, cheio de estilos
variados e coisas que nunca pensaríamos que Guetta poderia fazer, como balada e
até mesmo reggae. É claro que a influências dos outros trabalhos, que nada mais
são que a própria identidade do DJ, não se perderam, continuam inseridas em
cada música, mas com um adicional. Uma das coisas mais interessantes do álbum
são as parcerias. David Guetta escolheu não só novos nomes que fizeram muito sucesso
em 2014, como John Legend, a banda MAGIC! e o duo Nico & Vinz (Não nos
surpreenderíamos muito se ele relançasse o disco com uma parceria com Ariana
Grande, Charli XCX, Iggy Azalea ou até mesmo Lorde), mas também nomes em
ascensão, como Sam Martin, Elliphant e Bebe Rexha). “Listen” é um trabalho
heterogêneo e de qualidade indubitável, chegando facilmente à altura de
trabalhos que colocaram o francês no alto patamar onde está.
0 comentários:
Postar um comentário