AVISO: Os parágrafos a seguir podem conter revelações importantes sobre o filme, se você ainda não assistiu, esteja ciente de que pode encontrar spoilers!
Mais um sucesso, mais uma continuação. Para fechar
a trilogia, “Pânico 3” chegou no ano 2000 com Wes Craven dirigindo novamente,
mas Kevin Williamson fora dos trabalhos no roteiro, o que deixou alguns com o
pé atrás. Sim, o roteiro de Ehren Krueger não chega a ser tão bom quanto os dos
dois primeiros filmes, mas não significa que seja ruim.
Depois de mais um massacre, Sidney (Neve Campbell)
agora vive isolada com seu cachorro praticamente no meio de uma floresta,
trabalhando no atendimento de mulheres em crise, sem sair de casa. Gale (Courteney
Cox) vira uma jornalista famosa e Dewey (David Arquette) é convidado para a
produção de um novo filme “Stab”. O novo filme deixa de lado a cidade pequena e
agora se passa em Hollywood, onde os atores do filme vão sendo assassinados um
por um de acordo com a ordem que morrem em um dos roteiros (Existem três).
Apenas o trio de protagonistas iniciais voltam em
papeis relevantes no novo filme, pois Cotton (Liev Schreiber) faz uma
participação pequena, mas logo morre, e Randy (Jamie Kennedy) aparece apenas em
um vídeo. A nova leva de personagens fica por conta dos atores que interpretam
os personagens originais de Woodsboro no filme fictício. O único que realmente
se destaca é a hilária Jennifer Jolie (Parker Posey), que é responsável por
grande parte do humor da trama e conseguiu se tornar uma personagem marcante (A
cena em que ela e Gale procuram informações sobre a mãe de Sidney é muito
divertida). Por falar em humor, “Pânico 3” é o filme que mais possui cenas
engraçadas. Claro, algumas são bem divertidas e outras chegam a ser
constrangedoras, como aquela em que Dewey é acertado na testa com o lado
contrário da faca.
As mortes também não são muito interessantes.
Quase sem violência, poucas se destacam, mas algumas são bem inspiradas, como a
de Sarah Darling (Jenny McCarthy), que é assassinada dentro de uma sala cheia
de fantasias iguais às do assassino. A personagem é tão burra que é possível
que você diga “bem feito” quando sua morte acontece. O resto das mortes se
limita à facadas sem graça.
Outro ponto negativo do filme é o final ridículo.
Eles resolveram mexer na história original e dar a Sidney um irmão, o qual quer
matá-la por ter sido renegado pela mãe. A outra mudança é que agora sabemos mais
sobre o passado de Maureen e descobrimos que ela era uma atriz de hollywood
(?), que tinha um outro nome. Kevin Williamson realmente fez muita falta no
roteiro, pois aqui o assassino consegue imitar as vozes de todo mundo (What?) e
sobra espaço até para assombrações (Na verdade, são ilusões da Sidney, mas não
deixa de ser bizarro).
Apesar dos escorregos, o filme tem seus pontos
positivos. As referências, apesar de em menor quantidade, continuam lá, Randy
reaparece em um dos melhores momentos do filme, explicando que o que estão
enfrentando é uma trilogia e nela tudo pode acontecer e Jennifer Jolie
realmente merece ser destacada novamente.
No fim, “Pânico 3” acaba sendo um filme realmente
divertido para se assistir. Não fecha a trilogia como deveria e a saída do
roteirista Kevin Williamson realmente prejudicou, mas não a ponto de torná-lo
um filme ruim, como a maioria das críticas injustas ao redor da internet dizem.
Diga o que quiser, mas a franquia “Pânico” simplesmente não tem um filme ruim.
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