sexta-feira, 17 de abril de 2015

CRÍTICA: Pânico 3 (2000)




AVISO: Os parágrafos a seguir podem conter revelações importantes sobre o filme, se você ainda não assistiu, esteja ciente de que pode encontrar spoilers!

Mais um sucesso, mais uma continuação. Para fechar a trilogia, “Pânico 3” chegou no ano 2000 com Wes Craven dirigindo novamente, mas Kevin Williamson fora dos trabalhos no roteiro, o que deixou alguns com o pé atrás. Sim, o roteiro de Ehren Krueger não chega a ser tão bom quanto os dos dois primeiros filmes, mas não significa que seja ruim.

Depois de mais um massacre, Sidney (Neve Campbell) agora vive isolada com seu cachorro praticamente no meio de uma floresta, trabalhando no atendimento de mulheres em crise, sem sair de casa. Gale (Courteney Cox) vira uma jornalista famosa e Dewey (David Arquette) é convidado para a produção de um novo filme “Stab”. O novo filme deixa de lado a cidade pequena e agora se passa em Hollywood, onde os atores do filme vão sendo assassinados um por um de acordo com a ordem que morrem em um dos roteiros (Existem três).

Apenas o trio de protagonistas iniciais voltam em papeis relevantes no novo filme, pois Cotton (Liev Schreiber) faz uma participação pequena, mas logo morre, e Randy (Jamie Kennedy) aparece apenas em um vídeo. A nova leva de personagens fica por conta dos atores que interpretam os personagens originais de Woodsboro no filme fictício. O único que realmente se destaca é a hilária Jennifer Jolie (Parker Posey), que é responsável por grande parte do humor da trama e conseguiu se tornar uma personagem marcante (A cena em que ela e Gale procuram informações sobre a mãe de Sidney é muito divertida). Por falar em humor, “Pânico 3” é o filme que mais possui cenas engraçadas. Claro, algumas são bem divertidas e outras chegam a ser constrangedoras, como aquela em que Dewey é acertado na testa com o lado contrário da faca.

As mortes também não são muito interessantes. Quase sem violência, poucas se destacam, mas algumas são bem inspiradas, como a de Sarah Darling (Jenny McCarthy), que é assassinada dentro de uma sala cheia de fantasias iguais às do assassino. A personagem é tão burra que é possível que você diga “bem feito” quando sua morte acontece. O resto das mortes se limita à facadas sem graça.


Outro ponto negativo do filme é o final ridículo. Eles resolveram mexer na história original e dar a Sidney um irmão, o qual quer matá-la por ter sido renegado pela mãe. A outra mudança é que agora sabemos mais sobre o passado de Maureen e descobrimos que ela era uma atriz de hollywood (?), que tinha um outro nome. Kevin Williamson realmente fez muita falta no roteiro, pois aqui o assassino consegue imitar as vozes de todo mundo (What?) e sobra espaço até para assombrações (Na verdade, são ilusões da Sidney, mas não deixa de ser bizarro).

Apesar dos escorregos, o filme tem seus pontos positivos. As referências, apesar de em menor quantidade, continuam lá, Randy reaparece em um dos melhores momentos do filme, explicando que o que estão enfrentando é uma trilogia e nela tudo pode acontecer e Jennifer Jolie realmente merece ser destacada novamente.

No fim, “Pânico 3” acaba sendo um filme realmente divertido para se assistir. Não fecha a trilogia como deveria e a saída do roteirista Kevin Williamson realmente prejudicou, mas não a ponto de torná-lo um filme ruim, como a maioria das críticas injustas ao redor da internet dizem. Diga o que quiser, mas a franquia “Pânico” simplesmente não tem um filme ruim.

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